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Mensagem: NÃO CONCORDO, MAS, LHE OUÇO COM RESPEITO. José Prates O cidadão, seja ele quem for, vivendo neste regime democrático que o Brasil adotou por vontade do povo, tem o direito de falar o que bem entende sobre este ou aquele assunto ou sobre um fato que lhe interessa ou faz parte de sua vida. Não pode e nem deve, porém, quando fala o que lhe vem na cabeça, é ofender as outras pessoas que são contrárias à sua opinião ou a seus interesses, porque todos têm o direito de opinião que deve ser respeitado. Além disso, a ofensa é um crime previsto em lei. O Sr. Willy Macedo em sua mensagem 64377, ao que parece, um freqüentador ou interessado no chamado “triangulo da impunidade”, vem a publico para defendê-lo, com argumentos totalmente vazios de fundamento, sem apresentar qualquer razão óbvia para o que pretende. Diz ele que não está sendo agressivo, “mas, apenas, respondendo nos termos que eles escrevem” Creio que o Sr. Willy não lê com atenção o “que eles escrevem” porque se tal fosse feito, ele veria que as vitimas do barulho que lhes perturba o sono, fazem as suas reclamações fundamentadas na lei que trata da agressão ao meio ambiente, um crime de ação pública. Tanto é verdade que as autoridades municipais têm procurado adotar medidas de combate ao barulho insuportável que vem desse famoso “triangulo”. Eu tenho certeza que o Sr. Willy, como a maioria dos brasileiros, não conhece nem procura tomar conhecimento das leis do seu país, nem tampouco do seu município. Por isso, não deve conhecer nem ter notícia da lei municipal 3.754 de 15 de junho de 2.007 que diz em seu artigo primeiro: “Esta lei institui a política municipal de proteção, preservação, conservação, controle e recuperação do meio ambiente e de melhoria da qualidade de vida no Município de Montes Claros, suas bases normativas, fins e mecanismos de regulação.” No inciso XXII da letra “a” deste artigo a lei é clara com relação à poluição sonora, dizendo o seguinte: “Poluição sonora: toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar público ou transgrida as disposições fixadas na norma competente” A mensagem em tela, essa do Sr. Willy mostra que o autor nunca viveu fora dos quatro cantos de Montes Claros, não conhece outras plagas como, por exemplo, o Rio de Janeiro onde vivo. Se conhecesse não diria que “melhor seria que dessem conta de que estão em uma região urbana e não rural ou que retornem para a roça de onde vieram” Meu caro Macedo, a zona urbana em qualquer lugar do mundo, tem leis disciplinares contra a agressão ao meio ambiente. Aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, qualquer casa noturna em qualquer bairro ou subúrbio que ultrapassar os limites estabelecidos por lei, tem cassado o seu alvará. Os carros de som que transitam pelas ruas têm medidores de decibéis e não ultrapassam o limite permitido. Existe o respeito ao cidadão e às leis. Estive quatro meses em Vancouver no Canadá; dois meses em Nova Iorque e cinco meses em Dubai. Em todos esses lugares pude observar que a proteção ao meio ambiente e feita com consciência, principalmente em Dubai nos Emirados Arabes onde a agressão ao meio ambiente é crime punido com rigor Não existe isso de zona rural. Acredito até que na zona rural exista respeito maior ao meio ambiente do que em algumas cidades em que a civilização não atingiu à totalidade dos seus habitantes. Pois é meu caro Willy. Pense bem, procure conhecer as leis e respeite o direito dos outros. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)
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