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Mensagem: Seis pessoas são presas suspeitas de fraudar vestibular de medicina em Montes Claros - Luiz Ribeiro - Foram detidas em Montes Claros (Norte de Minas) seis pessoas –entre as quais, um a menor - flagradas ao tentarem fraudar o vestibular para o curso de medicina de uma faculdade particular. Os candidatos receberiam as respostas das provas através de um ponto eletrônico. O delegado Jurandir Rodrigues Filho, que investiga o caso, disse, nesta segunda-feira, que o autor intelectual da fraude, que ainda não foi identificado, teria agido também em outras instituições de ensino do país. As prisões ocorreram na tarde de domingo, nas Faculdades Pitágoras, cujo vestibular para a medicina teve um índice de disputa de 45 candidatos por vaga. A mensalidade para o curso é de R$ 2,8 mil. A diretoria da instituição garante que a fraude não foi confirmada e que, por isso, as respostas não foram violadas. Assim, a validade do concurso foi mantida. Foram detidos os candidatos Marcony Figueiredo, de 18 anos; Pedro Paulo Santos, de 20; Rodrigo Monção Fonseca, de 25; Fernando Martins Santos, de 22; e Cássia Cândida Pereira, de 26, juntamente com uma adolescente de 17 anos. Segundo o delegado Jurandir Rodrigues Filho, a pessoa que “vendeu” os gabaritos das provas combinou que os candidatos deveriam pagar entre R$ 15 e R$ 20 mil (cada um) caso fossem aprovados, entregando o ponto eletrônico (semelhante a um pequeno relógio), pelo qual seriam enviadas as respostas do gabarito. Ainda de acordo com o delegado, o mentor da fraude orientou aos candidatos que adquiriram o “serviço” que deveriam esconder o equipamento eletrônico junto a genitália, a fim de evitar que fossem flagrados na revista por detectores de metais. Um dia antes do vestibular, envolvidos visitaram a sede da faculdade, para conferir de perto as instalações, o que despertou a direção da entidade. Eles passaram a ser monitorados pelo sistema de câmeras de vídeo do estabelecimento e acabaram sendo descobertos. Uma das candidatas foi flagrada com um ponto eletrônico escondido em um absorvente. A mesma candidata, que seria natural do estado do Tocantins, também estava com respostas de várias questões “anotadas” em parte do corpo, o que levantou a suspeita de que iria repassa-las para outros candidatos. O delegado Jurandir Rodrigues Filho disse que ainda será investigado o mecanismo usado principal autor da fraude para ter acesso as questões das provas a tempo de repassar para os candidatos com os quais teria negociou. As Faculdades Pitágoras garantem que não houve vazamento das questões. A suspeita é que, neste caso, teria feito a combinação para alguém fazer a prova normalmente e sair da sala dentro do horário permitido (uma hora antes do fim do vestibular) para dar tempo de “transmitir” as respostas via o sistema eletrônico. Até a tarde desta segunda-feira, os cinco adultos detidos por envolvimento na fraude continuavam recolhidos na cadeia pública de Montes Claros. Mas, o delegado Jurandir disse que existe a possibilidade da liberação deles ocorrer a qualquer hora, para aguardarem julgamento em liberdade, tendo em vista que não oferecem perigo à sociedade. A menor foi liberada e encaminhada para os seus responsáveis, depois de ser ouvida. Mas, também poderá responder a medida socioeducativa, a ser estipulada pela Vara da Infância e da Adolescência.
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