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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 26 de abril de 2024
 

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Mensagem: DOIS CÃES DA ROÇA Diz o dito popular, que o cão é o melhor amigo do homem. O poetinha Vinicius de Morais, emérito notívago e apreciador de um bom scotch, fazendo uma analogia entre o cão e o uísque afirmava que o uísque é um cão engarrafado... Já Jack London, o famoso escritor norte americano do início do século passado, escreveu “O Apelo da Selva”, uma homenagem a um cão de nome Bruck. Conto aqui um “causo” de um cão nascido na Tiririca e que era a própria malandragem canina. Criado em porta de boteco da roça, conhecia as treitas e suas adaptabilidades. De nome Xexéu, era branco e preto, orelhas murchas, mestiço. Meio pedra, meio tijolo! De tão sabido que era, dormia como coelho, com um olho aberto, outro fechado. Cachorro glutão, sendo o seu dono sovina, se mantinha de barriga cheia surripiando ovos caipiras no quintal da casa. Dava o maior prejú para o roceiro, que andava atrás de solução para acabar com a mania do Xexéu em comer ovos. Certa feita, um amigo de copo e de cruz lhe ensinou uma maldade para ser feita com o cão que levaria à solução do problema. Consistia ela em manter o animal trancafiado por um dia e uma noite sem alimentação. Findos os quais, se ferveria um ovo inteiro que seria servido ao animal, em seguida, ainda soltando fumaça. O dono sovina, seguindo instruções do amigo malvado, ofertou o ovo em ebulição ao seu cão que o abocanhou. Ato seguinte segurou-lhe as mandíbulas forçando, assim, o Xexéu a queimar a goela. Esperava, com essa rude lição, que o bicho viesse a partir de então, a ter medo de ovos, cessando, portanto o seu prejuízo financeiro. Um ledo engano, pois mais dia menos dia e os ovos continuavam sumindo! O roceiro montou uma campana próxima aos ninhos das suas penosas e logo que escureceu, viu o Xexéu se aproximando de fininho. Chegou ao pedaço, cubou a redondeza e como tudo parecia sob controle, agachou-se e passou a soprar o ovo mais próximo de sua grande boca faminta... Na outra amostragem, o Antônio da veia Pulú foi visitar o seu amigo Ambrósio, a quem não via há muito tempo. Chegou à cancela de entrada da propriedade e bateu palmas. Logo o cão Fedegoso acordou de sua madorna e correu ao seu encalço na maior velocidade e cheio de valentia. Prudentemente, o Antônio subiu em cima da cerca. O Ambrósio veio correndo e vendo o compadre naquela situação vexatória, iniciou o diálogo: - Pode descer daí, compadre, que o Fedegoso é capão! - Eu não estou com medo dele me comer não, compadre Ambrósio! Estou com medo é de ele me morder! Nós somos da roça, mas somos chiques!

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