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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Manoel Hygino dos Santos No fundo da Terra O terremoto no Japão e seguinte tsunami foram precedidos de um tremor de terra na primeira semana de março, em Montes Claros. Claro que não se há de temer que assumam proporções gigantescas as ocorrências na maior cidade do norte de Minas. Enquanto na terra de Darcy Ribeiro e Cyro dos Anjos, o abalo sísmico se situou em 3,2 graus na Escala Richter, no Japão o nível se aproximou de 10, o que dá ideia da diferença. Mas, em todo caso, há de se atentar para o fato, pois o tremor de março foi o sexto e o maior abalo na cidade, nos últimos quinze meses. Felizmente, por cá não houve vítimas, nem danos materiais a registrar. No entanto, a população por precaução saiu às ruas, principalmente com o estrondo anunciador que partiu das entranhas da terra. Nestas horas, muitos são os sentimentos e posições. O chefe do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília, Lucas Vieira Barros, é de opinião que exista uma fenda geológica, ou seja, uma ´fonte sismogênica´. Embora sejam microtremores, eles se repetem e nada mais conveniente do que estudá-los, o que evidentemente permitirá um quadro mais completo do que ocorre. O mapeamento os abalos determinará as dimensões físicas da falha geológica: ´A partir do momento em que for conhecida a extensão da falha, será possível levantar a magnitude máxima de outros tremores que poderão ocorrer na cidade e recomendar as medidas preventivas´.O que se teve, após a tragédia no Japão, não a primeira, foi a sensação de impotência do homem diante dos terremotos. É uma ciência pouco avançada, até porque as pesquisas são difíceis e não se pode penetrar na crosta terrestre para, bem no fundo e sistematicamente, estudar os fenômenos e chegar-se a conclusões. Há de se ater, ademais, ao que disse Vieira Barros: ´Infelizmente, mesmo que fossem previsíveis, os tremores seriam inevitáveis.´ Cá no Brasil, no Caribe, na Turquia, Grécia ou no Japão, somos passageiros de acontecimentos ainda misteriosos. Antigamente se comentava comumente os abalos na região de Bom Sucesso, cidade berço da família Guimarães e dos Castanheiras. O assunto servia de brincadeira entre as pessoas, mas hoje elas já percebem que o problema tem de ser levado a sério, porque - principalmente no Norte de Minas - abalos se repetem, e com frequência, como se registrou em Itacarambi. Agora, divulgaram-se recomendações de como as pessoas se devem comportar em tais situações, ao invés de entrar em pânico. Oração não faz mal, mas pânico, sim. Os futuros edifícios poderão dispor de estruturas mais sólidas, pelo menos para dar mais sensação de segurança. A instalação de um sismógrafo nas proximidades também não faz mal. Quanto ao ruído que veio do fundo da Terra, não inquieta tanto. Afinal, os exagerados sons dos veículos nas vias públicas, com ou sem carnaval, já dão consciência de quanto a população é capaz de suportar.

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