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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Fato político Waldyr Senna Batista Talvez seja exagero dizer que a sucessão municipal já está nas ruas. Mas, não seria de todo impróprio admitir que, pelo menos, há preliminares em curso com vistas à disputa do próximo ano. É da natureza do político em atividade pensar todo o tempo na eleição seguinte, e agir em função dela, seja para a conquista de mandato, seja para renovação do que esteja em vigor. O próprio movimento “fora Tadeu” se inclui nessa categoria. Inegavelmente, ele tem em vista a próxima eleição, pelo que não demorará a surgir alguém reivindicando sua paternidade ou procurando tirar proveito dos possíveis dividendos políticos advindos das manifestações, que, pelo que se viu no último sábado, tendem a crescer. Por enquanto, ele frequenta as vizinhanças da clandestinidade. No entanto, trata-se do fato político de maior relevância surgido na cidade nos últimos tempos, embora estribado em proposta que os puristas reprovam, pois contesta mandato legitimamente conquistado pelo voto popular. O afastamento sumário do titular desse mandato só se daria mediante uma das três hipóteses: causa natural, renúncia ou impichamento. Expulsão, pura e simplesmente, em pleno estado de direito, cheira a golpe. O slogan adotado na verdade serve como poderoso grito de guerra, palavra de ordem que busca constranger o prefeito, cuja administração não tem correspondido. Mas mau desempenho não é pretexto para interrupção de mandato. Assim sendo, tudo leva a crer que o prefeito Luiz Tadeu Leite cumprirá o dele, a não ser que não resista à pressão da sequência de protestos de rua que deverão acontecer cada vez com mais frequência até o início da próxima campanha. A personalização da autoria do movimento é importante, para possibilitar a avaliação da credibilidade do que ele oferece em termos administrativos. Afinal, seja como for, o atual prefeito cumpre o terceiro mandato e tem retrospecto a apresentar. Ele será julgado pelo que fez, e pelo que não está fazendo, através do voto popular. Porém, a sucessão terá de acontecer mediante propostas consistentes, que garantam mudança para melhor. Quem está por trás do “fora Tadeu” será capaz de operar essa transição ? As preliminares até agora conhecidas não indicam quais seriam os caminhos pretendidos pelos que se preparam para disputar a próxima eleição. Ainda é cedo para essa definição, embora seja oportuno que ela comece a se delinear. O PCdoB, que não deixou de ser “nanico”, esteve reunido para a reorganização do seu diretório, e firmou posição: pretende reconquistar a única cadeira que ocupava na Câmara Municipal. Pretensão realista, equivalente à expressão desse partido, que sobreviveu à queda do muro de Berlin e à extinção da União Soviética. O PTB pretende voos mais audaciosos. Reuniu-se e anunciou a pretensão de disputar a Prefeitura em faixa própria. Tem candidato para isso. E o PT, pequeno e como sempre dividido em três alas, não sabe o que quer. Nem após os oito anos do lulismo no poder, e pelo menos mais quatro de Dilma, o diretório local consegue unificar o discurso. Dominado por parlamentares estranhos à política local, revelou dois possíveis candidatos a prefeito, ao mesmo tempo em que a imprensa noticiava a possibilidade de acordo com o atual prefeito para a disputa da reeleição, cabendo aos petistas a vaga de vice. São preliminares que podem levar a nada. Inclusive porque não envolveram, até agora, os principais atores do espetáculo, que são: Jairo Ataíde, Humberto Souto, Gil Pereira, Rui Muniz, Athos Avelino e Luiz Tadeu. A sucessão só começa a ser discutida, de fato, a partir do momento em que estes começarem a falar. São os de sempre, porque o ciclo de influência deles ainda não se esgotou de todo. Até lá, haverá espaço bastante para protestos e passeatas, que podem dar em nada, mas, pelo menos, tentam criar fatos políticos. Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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