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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: SALVADOR II Lembramo-nos, ainda, que o nosso Salvador (a grafia correta do seu nome era Yechuá), descrito na crônica postada anteriormente, era um judeu fugido da Gestapo de Hitler, aqui chegado no início da Segunda Grande Guerra, nos idos de 1939, era um mau jogador de damas e gamão. Quando perdia a partida se irritava e acabava desacatando o opositor. A galera levava isso na esportiva e jogava com ele era mesmo para irritá-lo e desafia-lo, homem frontal em tudo que fazia. Gostava de tomar uma boa pinga da região, que servia para seus convidados acompanhados de um bom tira-gosto de berinjela assada e grão de bico. Dos hábitos adquiridos na vivência no deserto, sempre fervia a água para o chá ou café duas vezes. Demonstrando a sua enorme resistência e força física, a fim de intimidar vizinhos inoportunos batia a cabeça no poste de iluminação, naquela época feito de madeira. Fazia isso repetidas vezes até que a lâmpada afrouxasse e caísse no chão, o que era festejado por ele e pela meninada que acompanhava a proeza. Salvador era um alfaiate de mão cheia. Fabricava edredons, colchas, além de paletós e blazers. Costurava tudo à mão, com agulha e linha, para ele uma terapia, pois gostava de ficar a sós com seus próprios pensamentos. Freqüentava o Bar Viena, de Willi, ponto de encontro dos estrangeiros residentes na nossa urbe. Lá, tinha uma mesa cativa que era chamada de “ONU”, local em que debatia com amigos inclusive política internacional, muitas vezes na companhia do judeu marroquino Willi, austríaco, Jonhy Koravisky, polonês, Jaroslav Rosulek, de nacionalidade russa, dentre outros. Quando o assunto era a Segunda Grande Guerra, clamava por vingança e lamentava não ter tido a oportunidade de matar o carrasco Mengele com as suas próprias mãos, exibindo-as crispadas e trêmulas de emoção. O advogado e escritor Leonardo Campos, neto de Sica Perez de quem Salvador era amigo íntimo, freqüentava a casa do nosso herói africano e, habitualmente, comprava os seus Lps, verdadeiros bolachões de acetato que ali eram comercializados, resultado de acertos de alugueis atrasados com alguns inquilinos de seus prédios comerciais no centro da cidade. Comerciantes que vendiam discos e costumavam saldar os débitos utilizando-os como moeda

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