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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Bala Doce e o motoqueiro. Se há neste mundo de meu Deus uma pessoa que defende os “motobois” (eles não constam de nossos dicionários e detesto usar palavras estrangeiras quando podemos ter a nossa, original), é o velho Bala. São cidadãos trabalhadores, ganhando o pão de cada dia, prestando relevantes serviços a todos nós. Dói-me o coração, e muito – sempre vejo a cena –, me deparar com algum deles caído no asfalto, ao lado de sua moto, na loucura de nosso trânsito, com algum ferimento grave. Os poderes públicos deveriam cuidar deles com mais carinho, destinando-lhes pistas especiais, pelo menos nas vias públicas de maior circulação de veículos. Nossos motobois, no entanto, se transformam, a cada dia, naqueles habilidosos artistas do barulhento “Globo da Morte”, que acostumei a ver nos circos, em minha juventude. E estão, como não poderia deixar de ser, cada vez mais tensos. Num sábado, à tarde, eu me dirigia à Pampulha para a festa dos 90 anos do Desembargador Elisson Guimarães. Descia a Contorno para pegar a Tereza Cristina e o sinal fechou. Estava atrás de um carro, na pista do meio. Como a pista lateral esquerda estava desocupada, sem dar sinal, fiz, vagarosamente, uma pequena conversão e parei ao lado do carro que estava à minha frente. O tráfego não era intenso no local. De repente me aparece, do lado direito de meu carro, um motoboi me dando o maior esporro. Argumentei com ele que não precisava me xingar daquele jeito, que eu tinha 66 anos e que, no meu entender, não fizera nada errado. Ele, então, aumentou o tom de sua voz e me chamou de velho babaca. Pra quê! Consegui raciocinar um pouco e, fingindo estar encolerizado, retruquei: — Olha aqui, seu filho da puta, eu sou Delegado de Polícia e vou mandar te prender agora. O pobre moço arrancou, atravessou à frente dos carros enfileirados que esperavam o sinal abrir e, ao invés de entrar na Tereza Cristina, sumiu, na contramão, a toda velocidade, por uma via lateral. Fica aqui, pois, este conselho aos motoristas idosos: quando forem desrespeitados, no trânsito, por uma besta fera que nem esse pobre rapaz, mintam para o infeliz, dizendo serem Delegados de Polícia. Parece que isso é uma das poucas coisas que muitos deles ainda estão respeitando. E, pelos menos os que passarem por isto, pensarão dez vezes antes de ofenderem alguém no trânsito.

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