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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 29 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: (Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou ´Efemérides Montesclarenses´, que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral): 22 de abril 1845 — Em sessão extraordinária da Câmara Municipal a Montes Claros de Formigas, é nomeado e toma posse do cargo de agente dos Correios desta Vila Antônio Xavier de Mendonça, na vaga aberta com o falecimento do agente José Joaquim Marques. 1846 — Em sessão extraordinária da Câmara Municipal, tomaram posse os os substitutos do cargo de Juiz Municipal e de Órfãos do Têrmo: 1.º — Revmo. Antônio Teixeira de Carvalho, 2.º — Joaquim Alves Sarmento, 3º — José Rodrigues Prates, 4º — Antônio Xavier de Mendonça. 1850 — Por alteração verificada no § 5º do art. 1.° da lei provincial n.° 464, os têrmos de Montes Claros de Formigas, São Romão e Januária, passam a constituir a 5ª Comarca da Província, continuando sob a denominação de Comarca do Rio de São Francisco. 1853 — João Alves Maurício requer licença à Câmara Muipal para edificar nesta Vila de Formigas, um prédio no local vago entre a Igreja Matriz e a casa do dr. Carlos Versiani (*), “visto igual concessão ter sido feita ao ex-dono da Intendência, hoje pertencerte Gregório Velloso”. O prédio que se desejava edificar é o sobrado n.° 9, situado na praça Dr. Chaves, fazendo esquina com a rua Dona Eva. O ex-dono da Intendência, a que se refere o requerente João Alves Maurício, era José Gonçalves Pereira Branco, que a construiu em 1831. A 22 de julho de 1852,dava entrada um requerimento, na Câmara Municipal, pedindo licença “para aumentar mais 20 palmos para o lado da praça”, na referida Intendência por êle construída. Antes, porém, que terminasse aquêle aumento, vendeu-a ao tte. cel. Gregório José Velloso que, posteriormente, a transferiu a Francisco Durães Coutinho ficando popularmente conhecida por “Intendência do Chico Durães”. Das cinco Intendências que existiam em Montes Claros, foi a última a ser demolida. Localizava-se na praça Dr. Chaves, fazendo esquina com a rua Justino Câmara. 1862— Perante o Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, Cesário José da Mota toma posse do cargo de Juiz de Paz do distrito da cidade. 1871 – O “Noticiador de Minas”, desta data, publica o ato 19 de abril de 1871, que aposenta, com todos os vencimentos a professôra de Instrução Primária, do sexo feminino, da cidade de Montes Claros, dona Eva Bárbara Teixeira de Carvalho. 1873- É assinado, entre a Câmara Municipal de Montes Claros e José Bulcão de Sousa Meira, o contrato para a construção de uma ponte sôbre o rio Lagoinha. 1912 - Nasce, em Conceição do Mato Dentro, Genesco de Lima Sousa, filho de Genesco Alves de Sousa, filho de Genesco Alves e dona Maria Ressurreição de Lima Sousa. Foi tipógrafo e revisor do “Diário de Minas”, de Belo Horizonte, exerceu os cargos de funcionário da Secretaria das Finanças do Estado de Minas e de Coletor Estadual de Almenara, Rio Acima e Coronel Fabriciano. E’ o atual agente da VARIG e 2° Coletor Estadual do Município de Montes Claros. 1914 - A comissão nomeada por S. Excia. Revma. Dom João Antônio Pimenta, Bispo de Montes Claros, para avintar e fixar as divisas da patrimônio da Matriz, oferece as seguintes “Bases para serem fixados os limites do patrimônio da Matriz de Montes Claros: “Pelo lado de Leste, o limite é o córrego das Melancias, desde sua nascente até a barra do córrego das Lajes. “Pelo lado do Norte, é o referido córrego das Lajes, até à sua confluência com o ribeirão Vieira que banha esta cidade. “Pelo lado do Oeste é êste ribeirão Vieira até um lugar, neste ribeirão, que tinha o nome de Passagem das Formigas, a montante da cidade. “Pelo lado Sul, é a antiga estrada que partia da Passagem das Formigas, em rumo ao Mocambinho, até encontrar com o ponto que serviu de partida para o limite Leste, isto é, às nascentes do córrego das Melancias”. A comissão composta de Camilo Philinto Prates, Celestino Soares da Cruz, cap. Joaquim Alves Sarmento e Américo Pio Dias tece considerações sôbre a única linha divisória, um pouco duvidosa, pelo fato de se ter perdido a memória do local, ao Sul, denominado Passagem das Formigas. Mas, verificando-se um feito entre o cap. Rodolfo Cândido de Sousa, mulher, e a Matriz, bem como outro documento firmado por Manoel José Velloso, como representante da Igreja, e a viúva e herdeiros do cel. José Rodrigues Prates, todos confinantes no ponto duvidoso, convencionado que o limite Sul, em lugar de Passagem das Formigas, fôsse o córrego da Vargem Grande e o espigão divisório das águas dêste córrego, pelo caminho que vai para os Paus Pretos, até à cabeceira de uma barroca e, desta, rumo direito ao local onde existiu a antiga casa do Mocambinho. E’ interessante consignar que, na ocasião, ouvidos dois dos mais antigos habitantes do lugar, Donato Mota e Joaquim Dias da Silva (Joaquim Fuzileiro) êstes declararam que ouviram muitas vêzes os mais idosos mencionar que a Passagem das Formigas ficava em um local, hoje mais ou menos próximo do posto de Fiscalização, no bairro Santo Expedito. Era assim chamado — diziam — porque, próximo à passagem Vieira — nos fundos da atual propriedade dos herdeiros do prof. João de Andrade Câmara — havia uma grande árvore pendida. Embora enraizada em uma margens, as suas ramas tocavam na margem oposta, dando passagem às formigas de uma para a margem do rio. 1926 — Falece o cap. Exupério Barbosa Braga. Nasceu no Estado da Bahia e, transferindo-se para Montes Claros, tornou-se fazendeiro neste município. Foi um dos mais dedicados vicentinos e um dos sustentáculos da Associação de São Vicente de Paulo. Era casado dona Josefa Braga. 1953 — Falece José Mendes de Aguiar aos 72 anos de idade. Nasceu em Grão Mogol, era comerciante e fazendeiro em Montes Claros e casado com dona Cypriana Mendes de Aguiar. 1954 — “O Jornal de Montes Claros” desta data noticia o aparecimento de “O Fanal”, primeiro jornal literário publicado em Montes Claros, sob a direção de Gonzaga Domingues. E’ Órgão oficial do Centro Cultural Pandiá Calógeras. 1960— O tte. cel. José Coelho de Araújo, Delegado de Polícia, estabelece a mão única para várias vias públicas da cidade de Montes Claros, e três pontos para estaciamento de carros de aluguel.

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