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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Transcrevo das Efemérides de hoje: ´1936 – Falece, no Rio de Janeiro, o grande estadista e homem público, dr. Francisco Sá. Nasceu na fazenda Brejo do Santo André, então município de Grão Mogol, do Santo André, então município de Grão Mogol, Minas, a 14 de setembro de 1862, filho de Francisco José de Sá Filho e dona Agostinha Josefina de Sá. Fez o curso secundário em Diamantina, diplomando-se em engenharia pela Escola de Minas de Ouro Preto, em 1884, tirando o primeiro lugar em sua turma, de que foi o orador oficial. Exerceu o cargo de Secretário do Presidente da Província do Ceará, dr. Carlos Honório Benedito Otoni, logo após a sua formatura. Elegeu-se Deputado Provincial pelo Estado de Minas e depois Deputado Geral pelo Ceará. Quando foi proclamada a República, regressou a Minas, e neste Estado, desempenhou as funções de Diretor do Serviço de Terra e Colonização. Fez parte do Governo do Estado de Minas, como Secretário da Agricultura, na presidência Bias Fortes. Logo depois foi eleito Deputado pelo Ceará e, em seguida, representante daquele Estado na Câmara Alta. Como Ministro da Viação na presidência de Nilo Peçanha e na de Arthur Bernardes, construiu estradas de ferro, portos, aumentou as linhas telegráficas e as comunicações postais, iniciou o combate às secas e estimulou a exploração de minérios. Para Montes Claros, por se ter esforçado ao máximo para ali inaugurar a E.F. Central do Brasil, o que se concretizou a 1º de setembro de 1926, “foi o maior e melhor amigo”, tal como se acha gravado na placa de bronze do movimento que lhe perpetua a glória, na praça que tem o seu nome, em Montes Claros, em frente à Estação da Central do Brasil. Sua memória é justamente venerada pelos montesclarenses. Pelos dons extraordinários de tribuno, aliados à vasta cultura, foi considerado o primeiro parlamentar brasileiro em sua época. Era casado com dona Olga Acioly.´ Agora, comento: Há 75 anos, hoje completados, morria no Rio de janeiro o ex-ministro Francisco Sá, que dá nome à outrora cidade do Brejo das Almas. Quando nasceu, na fazenda Brejo de Santo André, a vizinha cidade era ainda município de Grão Mogol. Engenheiro, deputado, senador, ministro de Estado, orador impecável, foi apontado como primeiro parlamentar brasileiro na época da sua atuação. Por ter se empenhado, como ministro da Viação de Nilo Peçanha, para trazer os trilhos da Central do Brasil a M. Claros, é considerado o nosso ´melhor amigo´. Em Fortaleza, onde atuou e estado que representou na Câmara Federal, chama-se Francisco Sá uma das principais avenidas e sua atuação é cultuada até hoje. M. Claros tem avenida em seu nome, tem escola, mas a praça onde está o busto imponente (uma das nossas melhores esculturas) vive suja, escura e maltratada. O fragmento do discurso que o saudou como ´nosso melhor amigo´ também está ali, perpetuado no bronze. A Praça, repito, também vive desleixada. Como outras, nem a copa das árvores é podada; está muito baixa, impedindo que ao menos a luz vizinha chegue aos pés da homenagem muito devida. Na área rural de Francisco Sá, dizem os conhecidos, a fazenda onde nasceu o eminente homem público, realmente eminente, guarda apenas ruínas da casa onde veio ao mundo esse benfeitor geral do Norte de Minas, pois que os trilhos avançaram até a Bahia, permitindo-lhe o destino de grande longitudinal. No município que lhe eternizou o nome, apenas os mais velhos sabem dizer - ainda assim sem precisão - quem foi mesmo o conterrâneo ilustre que tirou do Brejo das Almas o seu nome primeiro. Ali, se for realizado um plebiscito, é provável que vença a volta do nome antigo. Talvez o próprio ministro vote nessa possibildiade, em razão da poesia que empolga a denominação Brejo das Almas. O poeta Carlos Drummond de Andrade deu ao seu segundo livro de poesias o nome antigo da cidade, não para homenageá-la exatamente, mas para se deter na poesia que encerra. Enfim: Francisco Sá está para a região assim como Antônio Gonçalves Chaves está para nós, de Montes Claros, no mesmo patamar de relevância. Mas a história de ambos precisa ser reavivada e levada às escolas, aos jovens, a todos, para que não nos vejamos na embaraçosa situação de não saber o nome e a trajetória dos nossos melhores amigos. Iluminar decentemente as Praças Francisco Sá e Dr. Chaves, espantando as trevas e eventuais companhias indesejáveis, pode ser um começo. Depois, é levar a luz do conhecimento ao coração de todos. Um povo que não sabe de onde veio jamais saberá aonde pretende ir.

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