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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Moradores serão indenizados em Montes Claros - Girleno Alencar - A Prefeitura de Montes Claros pretende comprar casas da favela Feijão Semeado hoje ocupadas por famílias que não querem continuar no local. O prefeito Luiz Tadeu Leite anunciou a intenção durante audiência pública realizada na última segunda-feira com moradores do lugar. Atualmente, 423 imóveis na favela precisam ser demolidos para a construção de 26 prédios. Quem não aceitar a mudança para o apartamento terá a casa avaliada judicialmente. O valor estipulado será pago pelo município. A construção das novas unidades habitacionais será feita graças a uma parceria com o Ministério das Cidades, que entrou com R$ 22,296 milhões por meio do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FINIS), parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A contrapartida da Prefeitura de Montes Claros será de R$ 2,2 milhões. Cada família receberá uma ajuda de custo para pagar o aluguel enquanto a obra estiver sendo executada. Localizada perto do Centro, a favela do Feijão Semeado é usada como ponto de venda de drogas. Por isso, a audiência pública foi realizada sob clima de tensão, já que havia o temor de traficantes obrigarem a comunidade a votar contra a obra. A Polícia Militar e a Guarda Municipal participaram do evento, para evitar tumultos. Segundo o responsável técnico pelo projeto, o engenheiro Alexandre Micorelli, a demolição das casas do eixo central da favela é fundamental para a construção dos blocos de apartamentos. Cada prédio terá quatro andares e 16 moradias. Além disso, está prevista a instalação de posto de saúde, pelotão com 30 policiais militares, creche, praça, quadras poliesportivas e outros equipamentos comunitários, como salão de eventos, no local. Parte das casas será mantida por serem de bom padrão, e donos de pontos comerciais serão recompensados com a criação de um complexo de lojas no bairro. Além disso, pessoas com dificuldade de locomoção serão instaladas em apartamentos do primeiro andar. Uma delas deve ser Helena Silva, 94 anos, residente na favela ha quatro décadas. Devido à idade avançada, ela não pode subir e descer escadas. O engenheiro Micorelli garantiu, porém, que um inventário social, a ser elaborado pela prefeitura, identificará a situação de cada família e definirá a distribuição dos imóveis.

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