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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Sobre o óbvio Nenhuma grande novidade acontecerá na próxima eleição municipal de Montes Claros. Para que surja algo novo haveria que despontar uma liderança nova. Até o momento não surgiu ninguém com carisma e liderança para conduzir um processo de renovação na política de Montes Claros. Tampouco há um cidadão ou um grupo de cidadãos com um projeto político-social ambicioso para o porvir desta cidade. Pelo visto, nada de novo no front. Uma candidatura para ser construída deve seguir as determinações e as exigências da lei eleitoral e se pautar em alguma obviedades. Entretanto, quase a totalidade da população, que não se envolve com o processo eleitoral, e até mesmo os políticos novatos desconhecem o protocolo e os procedimentos essenciais à participação na vida pública. Já os os políticos tarimbados, conhecem, legislam e usufruem das regras e das normatizações eleitorais e inclusive das suas entrelinhas. Estrategicamente eles não alardeiam os ritos e os prazos exigidos pela lei eleitoral com o discreto propósito de perpetuarem no poder e de continuarem no domínio de seus partidos. Vamos, então, tornar públicas algumas regras e obviedades eleitorais: Primeira: Só pode ser candidato a prefeito, vice-prefeito, vereador e até presidente da república, quem for filiado em um partido político. Sem filiação não há nova candidatura (art. 11 da Lei 9.504/97). Segunda: O prazo para a filiação às próximas eleições municipais é 01/10/2011 (art. 9 da Lei 9.504/97). Isto mesmo, quem não filiar a uma legenda até o dia 1º de outubro deste ano não pode ser candidato nas próximas eleições municipais de 2012. O tempo é implacável, faltam apenas 4 meses para o prazo final de filiação. Se Lula, o Papa, Pelé ou Padre Henrique quiserem ser prefeito de Montes Claros e não filiarem até a mencionada data, bau-bau, não poderão ser candidatos. Terceira: Não adianta filiar e não ter o domínio do partido. A simples filiação não dá o direito de candidatar-se. A candidatura deverá ser homologada pelo diretório do partido até o dia 30 de junho do ano da realização das eleições (art. 8 da Lei 9.504/97). Assim, se o novo candidato não tiver a maioria dos delegados pode desistir de se lançar a um cargo majoritário. Vai nadar e morrer na praia. Cabe alertar que atualmente os partidos já têm donos. Todos os diretórios municipais já estão ocupados pelos conhecidos políticos de Montes Claros e seus correlegionários. Senão, vejamos: DEM (Jairo Athayde e Ruy Muniz), PSDB (Ana Maria), PMDB (Tadeu Leite), PPS (Humberto Souto e Athos Avelino), PP (Gil Pereira), PTB (Arlen Santiago), PT (Paulo Guedes), PDT (Carlos Pimenta), PV (Antônio Henrique e Ariosvaldo Melo). Restam basicamente os nanicos, que também, em sua maioria, já estão ou estarão controlados pelos experimentados caciques políticos. Donde se conclui que nas condições atuais será difícil um candidato novo conseguir um espaço numa grande legenda para se lançar a eleição majoritária. Os políticos de plantão não darão trincheira, munição e facilidades para um eminente adversário. Volto a afirmar que não basta apenas a pura filiação para surgir uma candidatura nova. O pretenso candidato terá que filiar-se numa legenda juntamente com um exército de companheiros irmanados no compromisso de disputar e ganhar a convenção partidária, para então lançar oficialmente sua candidatura. Parada dificílima. Quarta: Candidato em partido pequeno, sem coligação, não ganha eleição em cidade que tem programa eleitoral na televisão. Candidatura com pouco tempo de televisão não decola. Já dizia Duda Mendonça “as 3 coisas mais importantes numa eleição são: Televisão, Televisão e Televisão´. O eficiente uso da web pode ser suplementarmente importante numa candidatura, mas o carro chefe de uma campanha eleitoral ainda será um criativo programa na TV. Sendo assim, se nos próximos quatro meses não surgir um meteoro político, um fenômeno eleitoral, o que é pouco provável, nenhuma grande novidade acontecerá na política de Montes Claros. E tudo estará como dantes no quartel de Abrantes. Trata-se de uma leitura fria e óbvia do cenário político montesclarence.

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