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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 26 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Por muita semelhança com o que ocorre em M. Claros há cerca de 15 anos, sugiro a publicação do artigo que acabo de ler. Fala desses carnavais temporões, que surgiram em pontos diferentes do Brasil. A autora examina o prodígio do ponto de vista cultural e não revela que, por trás do péssimo modismo, estão os $$ interesses da indústria do álcool e da venda de outros produtos altamente viciantes, como as drogas. Leiam: Tirando o mamãe-sacode da gaveta! Téta Barbosa Tirem as crianças da sala: o Recifolia vai voltar!Assim anunciou o Secretário de Turismo, André Campos.E, como Nostradamus, eu anuncio: o fim está próximo!Para quem não é da terra, o Recifolia (que na verdade deveria se chamar AxéFolia, SalvadorFolia ou QueremosSerBaianosFolia) foi um carnaval fora de época que invadiu as ruas do Recife durante 10 longos e tenebrosos anos (1993/2003), criado pelo então Secretário de Turismo, Carlos Eduardo Cadoca (aquele do CadoCabelo, também conhecido pelos íntimos como CadoCalote).O tal “carnaval” consistia em cordões de isolamento de blocos onde, dentro da corda, brincavam os maurícios e patrícias (todos devidamente paramentados com seus abadás e mamãe-sacodes) ao som de trio elétricos made in Salvador Do lado de fora, o povo! O povo, repito: do lado de FORA.Logo foram apelidados de PIPOCA. O povo pipoca brincava fora da corda, se contentando com as esmolas deixadas pelo povo abadá: uma música ao longe ali, um mamãe-sacode esquecido no chão acolá. Se esticassem muito o pescoço, eram capazes até de ver um cantor (baiano) lá em cima do trio, ao longe.O povo pipoca, que também pode ser chamado de povo migalha, pinoteava feliz.Ô povo pra se contentar com pouco!Enquanto isso, Castro Alves se revira no túmulo gritando, já sem forças: “a praça é do povo, Sr. Secretário”.- Relaxa aí que os tempos são outros, poeta!Esse era o Recifolia, que de RECI não tinha nada, mas que de FOLIA os empresários entediam super bem! Eita época feliz para os donos de blocos.E, nesse clima de felicidade geral e baianice, o Recifolia vai voltar. Dessa vez, no centro histórico da cidade.Os abadás, que parecem ter saído de moda, não estarão na versão 2012 da festa e o Secretário diz que não vai haver cordão de isolamento desta vez.Mas dos trios e do acarajé musical, desses ele não abre mão.Mas, tão envolvidos estão com a ocupação dos hotéis (secretário) e apuração monetária (empresários) que nem prestam atenção no que nós (o povo) estávamos tentando dizer desde 1993. Então, lá vai (pela vigésima oitava vez):- Pessoal, pode nem parecer, mas a gente gosta de ser recifense. E gosta de frevo, e de democracia, e de tapioca, e de orquestra, e de carnaval (de verdade).Vamos adorar o Recifolia se, no lugar de Chiclete com Banana, a gente puder dançar ao som do Bloco da Saudade e se, no lugar de abadá, a gente puder usar fantasia.É pedir muito?O povo pipoca agradece! (Téta Barbosa é jornalista, publicitária, mora no Recife)

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