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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 26 de novembro de 2024
 

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Mensagem: (Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou ´Efemérides Montesclarenses´, que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu sem ostentar riqueza material, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral): 11 de agôsto 1836 – Luiz Afonso Fernandes toma posse do cargo de Juiz Municipal e de Órfãos, interino, do Têrmo de Montes Claros de Formigas. 1847 - E’ apresentada à Câmara Municipal de Montes Claros de Formigas a Carta de Apresentação e Mandado Capienda Possessione Benefícii, a favor do Revmo. padre José Vitório de Sousa, Vigário da Freguesia de São José do Gorutuba, por decreto Imperial de 12 de outubro de 1846. Colado a 26 de novembro do mesma ano, tomou posse da Freguesia a 18 de abril de 1847. 1859 — Em sessão da Câmara Municipal, é apresentada a Carta Imperial de nomeação do bacharel Justiniano Luiz de Miranda para o cargo de Juiz Municipal e de Órfãos do Têrmo de Montes Claros. 1903 — Nasce em Paracatu, Minas, Gentil Gonzaga. Exerceu diversas profissões, começando pelas mais humildes, como ajudante de cozinheiro, peão, vaqueiro, etc. Foi condutor de correspondência, servente do Pôsto-Fiscal Faustino Lemos, na divisa de Minas, em 1934, removido, em 1937, para Pirapora, exercendo ali as funções de Vigia-Fiscal. Transferiu sua residência para Montes Claros, em 1940, quando foi nomeado Escrivão interino da Coletoria Estadual desta cidade, sendo, posteriormente, designado para o cargo de Coletor interino, efetivado em 1943. Em Montes Claros, fêz parte do Rotary Clube, da Loja Maçônica Deus e Liberdade e da Associação Comercial. Trabalhou intensamente pela vinda dos Irmãos artistas e pela fundação do Colégio São José, nesta cidade, de que foi um dos mais ativos incentivadores. Sempre lutava, com sacrificio e dedicação, pela melhora do passadio das pequeninas abrigadas no Orfanato do Perpétuo Socorro, que tiveram nêle um constante amigo e protetor. Transferido para Belo Horizonte, à disposição do Palácio da Liberdade, trabalhou na Escola Caio Martins, de crianças abandonadas. Na Capital mineira continua abnegadamente o seu apostolado de socorrer e de bem servir os humildes e desamparados. O cronista Félix Fernandes Filho, na sua secção “Praça 12”, escreveu sôbre êle, na “Fôlha de Minas”, de 8 de agôsto de 1957, o seguinte: “UM HOMEM FORA DO MUNDO Deve ser muito velha a ruindade dos homens. Já o doutor Shakespeare falava pela bôca de Hamlet que, para se achar um homem honesto é preciso peneirar milhares de criaturas. Muito antes, Diógenes, de lanterna acesa em pleno dia, procurava um homem. Se a virtude da honestidade rareia tanto, mais difícil ainda é o encontro do homem bom, no sentido mais alto da palavra, dessa bondade que transcende da mera cordialidade para atingir um sentimento de amor fraterno, nos têrmos da amplitude determinada por Jesus. Pois de vez em quando aparece na redação da “Fôlha” um homem singular. Um raro exemplo da espécie; uma criatura fora do seu tempo e fora do mundo em que vamos vivendo. O mais extraordinário é que êsse homem, que está sempre pedindo alguma coisa, não pede nada em troca do seu trabalho de apóstolo deslocado. Não é candidato a nenhum cargo eletivo e nem ao menos faz o bem com os olhos voltados para as recompensas do céu, o que já seria de admirar. Também não é rico. Quase se poderia dizer que não tem nada. O que êle dá de si é a sua vida, o seu trabalho, o seu imenso sacrifício, tudo isso servido de uma fé quase simplória; fé que não esmorece com as decepções de todos os dias, com os desencantos de todas as horas. Esse homem, realiza, por sua conta e por seus meios, o que de melhor se poderia esperar de um programa modêlo de assistência social. Se êle sabe de uma família em extrema dificuldade, vai em pessoa buscar recursos para a solução de emergêcia. Procura amigos, procura autoridades, escreve centenas de cartas a mão, pacientemente. Corre às repartições do Governo, enfrenta a indiferença agressiva de muitos que o confundem com o comum das criaturas que vivem de pedir. Agora anda o nôvo apóstolo às voltas com uma outra campanha. Pretende conseguiri livrospara as Escolas Caio Martins. Livros que serão organizados em biblioteca e que levarão o confôrto espiritual da leitura a centenas de crianças infelizes. Para isso, vai a tôda parte, em pessoa. A pé, de bonde, de qualquer maneira, se alguém telefona disposto a fazer uma oferta, lá aparece o homem. E’ dizer a hora e o local e se forem, muitos os livros, êle já vai munido de um saco. Livros usados, livros Iarga dos e inúteis que irão criar nova vida, nas mãos daquelas crianças ávidas do pão espiritual. O Sr. Gentil - êsse ê o seu nome - não perde nem mesmo as horas caladas da noite. Escreveu cartas para todos os deputados e, no calor do seu entusiasmo não compreende como não obteve resposta de nenhuma dessas missivas... Mas nada importa. Continua a pedir incansavelmente, sem se desencorajar com os passos perdidos, as portas fechadas, os corações trancados pela indiferença e pela incompreensão. Nada o detém. Mais estranho é que todo seu trabalho é cercado de silêncio e, mais que silêncio - clandestinidade. Os seus íntimos escarnecem da sua incurável tolice de pretender consertar o mundo; de pretender seguir pela estrada de Cristo, que, nem por ser o próprio Deus, foi menos incompreendido e amargurado. Mas nada disso tem importância para o Sr. Gentil Gonzaga. Não se julga um Messias e sabe que os homens continuarão para sempre ilhados no seu egoísmo. Como nada pede ou espera, em troca do bem que espalha, as decepções não o deprimem. Continua. Nasceu bom e o mundo não teve fôrças para contaminá-lo. Continua assim porque não sabe viver de outra maneira.” 1933 - Em um dos subúrbios de Montes Claros, o de Santo Expedito, é inaugurada a primeira fabrica de telhas francesas da cidade, de propriedade de Francisco José Guimãres. 1948 - Falece Antônio Ferreira Canella. Nasceu na fazenda da Raiz, municipio de Brasilia, Minas, a 9 de maio de 1878, filho de João Antônio Ramos e dona Candida de Oliveira. Transferiu-se, em 1900, para a cidade de Montes Claros, onde se casou com dona Luisa Simões. Antigo fazendeiro e comerciante em Montes Claros, exerceu, por várias vézes, as funções de Juiz de Paz. 1951 - Falece dona Joana Ferreira de Morais, viúva de Antônio Augusto Ferreira, antigo hoteleiro em Bocaiúva e Montes Claros. 1954 - Falece Wilson Maldonado, aos 36 anos de idade, vítima de desastre. Era filho do cel. Cesário Maldonado Gama e dona Maria Mendonça Maldonado. Exercia a profissão de mecânico e de eletricista e era casado com dona Maria Aparecida Guimarães Maldonado. 1960 – Incendeia-se, às primeiras horas da manhã, a loja nº 301 da rua São Francisco, em Montes Claros, a qual foi totalmente destruida, inclusive um açougue vizinho, pertence ao Matadouro Otany.

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