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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 22 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Novo Shopping, novos tempos Convencionou-se dividir a história de Montes Claros em antes e depois da Sudene. De fato, foi marcante o desenvolvimento da nossa cidade nos anos 70, com o advento daquela autarquia e seus incentivos fiscais, que viabilizaram empreendimentos no setor secundário, dos quais a Coteminas, a Matsulfur , a Biobrás e a Itasa foram alguns exemplos pioneiros. Hoje, 40 anos depois, surge uma nova era em nossa cidade, destacando-se o setor terciário (comércio e prestação de serviços) que, só no futuro, saber-se-á aquilatar e rotular. Este novo ciclo, tal qual nos anos 70, parte do interesse dos empresários de outras regiões do país que enxergaram Montes Claros com outros olhos, de alguns anos para cá. Reiteram explicitamente que a nossa cidade é o novo vetor do desenvolvimento de Minas Gerais, a nova fronteira a ser explorada. Indústrias, algumas, mas empresas do comércio é que têm, em maior quantidade, decidido aqui investir, marcando esse fecundo hiato que ora vivemos. Ora, nenhum empresário decide onde investir por qualquer razão emocional ou sentimental. São elaboradas pesquisas de mercado, no campo pretendido, pesados os prós e contras e a decisão é o que melhor lhe convém. Assim, empresas diversas vêm optando por investir em Montes Claros. Nestas definições, sopesam todas as condicionantes. E a nossa cidade tem, a seu favor, alguns fatores que os próprios empresários vêm alinhando: localização estratégica privilegiada (na metade da distância entre o norte-nordeste e o sul-sudeste), polo regional com enorme força centrípeta, incentivos da Sudene e do BNB, mão de obra universitária de fácil treinamento, infraestrutura de qualidade em educação, saúde, lazer, segurança e habitação. Pois bem. Em quase todos esses quesitos é inequívoca a presença do setor público. Como sempre, no entanto, há um esforço hercúleo de segmentos da imprensa local em, mesmo admitindo esse novo momento, atribuírem-no unicamente à iniciativa privada, como se, sozinhos (´com, sem ou apesar do setor público´...) os empresários pudessem criar e manter todos os serviços que lhe são alocados. Tais próceres, nessa empreitada, são motivados por razões unicamente políticas (diria até, de politicagem), lamentavelmente servindo a interesses subalternos. Os empreendimentos que para aqui vieram a partir de 2009 e que geram e gerarão mais de 10 mil empregos diretos, só se viabilizaram porque tiveram o apoio do governo federal com incentivos federais, do governo estadual e/ou da prefeitura de Montes Claros, pela conjunção dos três níveis de governo, em harmônico concerto. Perguntem aos empreendedores do novo Shopping que será o maior do interior de Minas, anunciado nesta semana; aos executivos de Alpargatas, Maxxi/WallMart, A&C, Hipolabor, Riachuelo, C&A, McDonalds, Renner, Citroen, Huyndai, Kia, Nissan, Renault, Iveco, a mexicana Aqualimp, a Gol Linhas Aéreas, aos construtores Tenda, GranViver, MRV, e Caparaó, entre outros investidores e todos irão confirmar que vieram porque existe um bom momento, um círculo virtuoso, um clima positivo que facilitou e estimulou a concretização de seus empreendimentos. Ajuda, até mesmo, a celeridade com que são analisados seus projetos junto à prefeitura, pois ressaltam que, em outras cidades, plantas semelhantes demoram meses para serem aprovadas. Enfim, não tenho a pretensão e nem cederei à sandice de imaginar que esse bom momento se deve unicamente à nossa atuação à frente do município. Estou convencido de que isto é fruto de uma conjunção de esforços entre empresários e poder público, o que tem, por exemplo, colocado a nossa cidade, durante todo o ano de 2011, como a terceira maior geradora de empregos no Estado. Porque? Coincidência? Recebemos a todos os empresários que aqui chegam e, primeiro, procuram a nossa Secretaria de Desenvolvimento Econômico, de braços abertos, com tapete vermelho, oferecendo isenção de impostos municipais, informações sobre os incentivos e financiamentos existentes, doamos terrenos e parte da infraestrutura necessária, distribuímos sorrisos e gentilezas, brindamos suas vindas com o nosso tradicional licor de pequi e, tudo isto, ajuda a atrair empreendimentos que trazem empregos e impostos. Isto, aliás, vem sendo reconhecido por todos os que participam do processo, mesmo que ignorado por alguns que mal escondem seu mesquinho interesse em eclipsar a participação essencial da prefeitura. Bem-vindos os que estão vindo aqui investir. Bem-vindos, os montes-clarenses, a esses novos tempos. Se, no século passado, a história de Montes Claros foi marcada pelo advento da Sudene, a deste século está sendo escrita pela ousadia de alguns, a participação de muitos e o sucesso que tem sido compartilhado por todos. Luiz Tadeu Leite, prefeito de Montes Claros.

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