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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 22 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A Vida tem comoventes exemplos. Um deles: há alguns meses, a paineira (ou barriguda) da rua Tupinambás, esquina de Benjamim dos Anjos, foi fundamente golpeada na sua fronde. Cavaram fundo na casca. Metodicamente. Aplicadamente, para que morresse. O que fez a barriguda? Deitou flores, flores rosas. Multiplicou o verde sobre a rua. Ignorou a morte que lhe era encomendada. Por certo, replicou a lição do sândalo, que ´perfuma o machado que o fere´. Mais que isto: recebeu ajuda da irmã chuva e, agora, depois da ferida funda na seiva, esplende vida, e protege quem a golpeou. Está verde e linda. Viva. Penso que cabe às entidades dos defensores da Natureza, os de bom coração e os de oportunidade, convocarem uma reunião à sua sombra, amiga e doce, isenta de mágoas. Penso que algum grupo de Pastorinhas, que percorre a cidade pelo Natal, e que nos ritos vai aos campos santos cantar, deve ir também aos seus pés, regá-los com as melodias de saudação ao Menino. Não é Ele o exemplo maior da Ressurreição? (Mestre Joaquim Poló, do Céu, bem pode coordenar esta obrigação tão mimosa à sua alma, gentil e natalina). Penso que a autoridade, a quem compete, deve baixar um decreto, dizendo em nome geral, de todos nós, envergonhados, que a Paineira da rua Benjamim dos Anjos (olha o nome) é patrimônio eterno da cidade, imune a corte. Penso que os leguleios em vésperas de férias têm tempo de ir visitá-la, puxando os mestres pelas mãos. Ou será o contrário? Não sei por quanto tempo resistirá a Paineira, que é servidora também da rua Tupinambás, a uma quadra do ´triângulo da impunidade´, que muito com ela precisa aprender. Ninguém sabe . O certo é que ali, naquela esquina, os prodígios da Natureza vieram dizer aos homens, no maior silêncio, que há vida soberana, luz acima, além dos rasos conhecimentos dos homens. E de suas passageiras maldades, transitórias - pois o mal é o bem a caminho, sabemos. Comovidamente, a cidade precisa ir lá. Pedir desculpas.

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