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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Dom 04/03/12 - 9h31 - Itacambira sobe às manchetes do mais influente jornal do Brasil, por arrombamento da Igreja consagrada por Guimarães Rosa em ´Grande Sertão:Veredas´ Não custa lembrar que foi este montesclaros.com, com seu longo modesto olhar, quem primeiro registrou a gravidade do arrombamento sofrido pela igreja de Itacambira, pela sua importância histórica e cultural, veiculando informações que poucas pessoas (da própria cidade) sabiam. Dois episódios de máxima importância na cultura do Brasil, que se passam na igreja violada no município de Fernão Dias Paes Leme. Logo em seguida, o brilhante e cuidadoso escritor montesclarense Manoel Hygino repercutiu a informação em BH, num registro escorreito e belo - como tudo que faz há mais de 60 anos. Segue a transcrição do primeiro registro feito no site sobre da ousadia das ladrões, atacando a história: ´Matriz do bandeirante Fernão Dias (celebrado em poema épico de Bilac) é arrombada em Itacambira. Cena final do mais importante livro de Guimarães Rosa - Grande Sertão: Veredas - também se passa lá A Matriz de Santo Antônio, em Itacambira, a 92 km de Montes Claros, foi arrombada hoje de madrugada. Ladrões entraram pelas portas da igreja e roubaram as peças mais valiosas feitas em argila, como as imagens de Santo Antônio, Nossa Senhora dos Passos, São Sebastião, São Gabriel e Santo Agostinho - todas restauradas em 2008 e avaliadas em R$ 1 milhão. Suspeita-se que os ladrões conheciam bem a igreja e o valor de cada imagem, tanto que levaram somente as mais valiosas e conseguiram também desativar o alarme. A população de Itacambira faz vigília em frente à igreja, rezando pela volta das imagens. Segundo historiadores, a Igreja Matriz de Santo Antônio foi erguida em 1707 e tombada como bem cultural em 1998. No século 16, a igreja recebeu as pioneiras expedições exploradoras dos bandeirantes.A igreja foi erguida pelo bandeirante Fernão Dias Paes Leme e celebrada em poema épico de Olavo Bilac. A cena final do mais importante livro de Guimarães Rosa, ´Grande Sertão: Veredas´, também se passa lá.

Outro registro importante foi feito às 12h de 15 de janeiro (mensagem N° 70439): ´Qua 15/02/12 - 12h - Matriz do bandeirante Fernão Dias Paes Leme (e celebrada em poema épico de Olavo Bilac) é arrombada em Itacambira. Cena final do mais importante livro de Guimarães Rosa - Grande Sertão: Veredas - também se passa lá´ Este poema ´O caçador de esmeraldas´ deveria ser colocado num grande painel, permanente, na entrada de Itacambira. É toda a história desta cidade e do seu fundador, o mais célebre dos bandeirantes, Fernão Dias Paes Leme. Deveria - se tivéssemos o hábito de cultivar a história. (Ao contrário: estamos saqueando nossas riquezas, desventrando a história, roubando-a). Também deveria constar na entrada de Itacambira um memorial lembrando que na mesma Matriz erguida pela ousadia do bandeirante paulista - e hoje novamente roubada - se desenrola o enigma de ´Grande Sertão:Vereadas´. Ali se desvendou que o valente jagunço Diadorim, ´Dindorim, nome de passarinho´, na verdade era...Maria Deadorina: ´Da matriz de Itacambira, onde tem tantos mortos enterrados. Lá ela foi levada à pia. Lá registrada, assim. Em um 11 de setembro da éra de 1800 e tantos... O senhor lê. De Maria Deodorina da Fé Bettancourt Marins – que nasceu para o dever de guerrear e nunca ter medo, e mais para muito amar, sem gozo de amor... Reze o senhor por essa minha alma. O senhor acha que a vida é tristonha?´ Guimarães Rosa, o insuperável intérprete do Sertão, caminha para ser reconhecido como o principal, ou dos máximos escritores do Brasil. E, a sua obra, é toda ela a história pungente de nossos povos. Assim, a cidade de Itacambira guarda duas reliquias nacionais de altíssima visibilidade. Uma glória definitiva, arrasadora, mas quase desconhecidapor ela mesmo. Ao Poema, como um pedido de perdão, público, pelo que os ladrões novamente fizeram contra nós: ´O Caçador de Esmeraldas´ Olavo Bilac Foi em março, ao findar das chuvas, quase à entrada Do outono, quando a terra, em sede requeimada, Bebera longamente as águas da estação, (...)´

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