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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de setembro de 2024
 

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Mensagem: O ovo de Páscoa veio longe José Prates Vem de muito longe a tradição do Ovo como presente entre amigos. Na Páscoa, a celebração do sofrimento e angustia de Jesus Cristo, na crucificação imposta por Anás e Caifás que temiam seu poder, é uma ocasião que os cristãos têm para refletir sobre o significado da vida e do sofrimento de Jesus. Quase ninguém, eu penso, sabe a relação entre a celebração do impiedoso ato de crucificação de Jesus, com o hábito de presentear os amigos com Ovos de chocolate que tomou o nome de Ovos de Páscoa. O Ovo, como presente, vem de muito longe. Vem do tempo em que o próprio Cristianismo ainda não existia. Não era, portanto, uma comemoração da Páscoa, mas, da chegada da primavera, a estação festiva no continente europeu. Em muitos lugares costumavam enfeitar os ovos com desenhos de plantas floridas ou então com motivos naturais. Outros, porem, preferiam cozinhar o ovo junto a algumas ervas, acrescentando-lhes corantes naturais para um aspecto agradável ao presente. Esse costume atravessou o tempo e manteve-se vivo e quase inalterado entre as populações pagãs que habitavam a Europa, durante a idade média. Nesse período, em MUITOS lugares eram realizados rituais de adoração à Deusa da Primavera que em suas representações apresentava-se como uma mulher bonita, sensual, que observa um coelho saltitante, tendo nas mãos um ovo colorido. Essa imagem é a conjunção de três símbolos que sintetizam a fertilidade: a mulher, o ovo e o coelho. Nas pesquisas que fizemos sobre o Ovo de Páscoa, encontramos a entrada destes símbolos para o conjunto de festividades cristãs, desde a organização do Concilio de Niceia em 325 d.C. ou seja, no inicio da criação da Igreja Cristã. Nessa ocasião, diz a historia que os clérigos tinham a expressa preocupação de ampliar o seu numero de fieis, por meio da adaptação de algumas antigas tradições e símbolos religiosos a alguns eventos relacionados ao ideário cristão. Naquele tempo, havia o costume entre os pagãos de oferecerem aos amigos e familiares, como presente, em ocasiões especiais, um ovo enfeitado. Foi daí que surgiu a idéia que se concretizou e tornou-se hábito comum entre os cristãos, presentear os amigos, durante a páscoa, com um ovo especial, no qual era pintada a figura de Jesus no Calvário. A história diz que no auge do período medieval, nobres e reis de condição mais abastada, costumavam comemorar a Páscoa presenteando os seus parentes e amigos com ovos feitos de ouro e cravejados de pedras preciosas. Demorou muito até que chegássemos ao famoso (e bem mais acessível!) ovo de chocolate. Pra isso foi necessário o desenvolvimento da culinária e, antes disso, a descoberta do continente americano, produtor do cacau. Ao entrarem em contato com os maias e astecas, os espanhóis foram responsáveis pela divulgação desse alimento sagrado no Velho Mundo. Somente duzentos anos mais tarde, os culinaristas franceses tiveram a idéia de fabricar os primeiros ovos de chocolate da História. Depois disso, a energia desse calórico extrato retirado da semente do cacau, também, reforçou o ideal de renovação mundial. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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