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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Preparo e proteção da população José Prates Para garantir-se de proteção à população e, também, aos prédios, na questão sismológica como a de Montes Claros ou de qualquer lugar em que os abalos sísmicos são sentidos pela primeira vez, é necessário conhecer a causa e saber onde está localizada, porque os tremores são, apenas, os seus efeito. Não podemos dizer que existam providencias para eliminar a causa nem diminuir os seus efeitos, mas, estas existem para que o povo possa suportar com tranqüilidade e segurança esses abalos. Basta que para isto, a população esteja devidamente preparada física e psicologicamente o que será conseguido através de palestras e treinamentos e, o principal, a fiscalização rigorosa das construções de prédios nas áreas mais sujeitas ao tremor, não permitindo que essas construções sejam feitas sem a segurança necessária para resistir aos abalos que, possivelmente, acontecerão depois. Essa prática é comum em lugares onde os sísmicos são freqüentes como Japão e Estados Unidos. Todo mundo sabe que isto não acontece em data nem hora marcada. Geralmente, vem de surpresa. Por isso, então, o povo e, principalmente, os elementos da Defesa Civil devem estar preparados para qualquer hora do dia ou da noite, sem afobação, sem tumulto e, o principal, sem improvisações. Vou dar um pequeno exemplo de preparo para situações como estas: é a tripulação de um navio que está sempre cruzando os mares., Essa experiência eu tive pessoalmente, embarcado em navio mercante, de grande porte, viajando por esse mundo a fora, em alto mar, dias e mais dias sem ver terra, sujeito à tempestade, incêndio a bordo, acidente pessoal e vários outros casos. Tudo que acontece é resolvido satisfatoriamente com recursos de bordo, porque a tripulação é preparada por meio de cursos e treinamentos para enfrentar e solucionar qualquer desses problemas, sem nenhum risco de perda humana ou grandes danos à embarcação. Ao ouvir o toque de alarme, o tripulante sabe o que fazer ou para onde ir porque está treinado. Obviamente, isto não se compara com um tremor de terra, numa cidade como Montes Claros, mas, é um exemplo da preparação de quem a ele estiver sujeito e que deve ser seguido porque o preparo psicológico seguido de treinamento dos procedimentos de defesa são importantes e necessários nessas situações. No caso de Montes Claros é necessário saber a causa dos tremores para depois preparar a população para suportá-los com a devida proteção. Sem saber o que é e de onde vem, fica difícil proteger-se. Apresentado pelo meu neto, conheci semana passada, um professor de geografia da Universidade do Rio de Janeiro, cujo nome não me é permitido declinar, com quem conversei sobre esses acontecimentos no Norte de Minas. Disse-me ele que deve existir uma falha geológica em Montes Claros que está provocando esses abalos, cuja dimensão e profundidade só serão conhecidas com a instalação de uma rede de sismógrafos na região atingida. Somente com essa providencia poderá haver condições de identificar a causa dos tremores e sua localização exata. Esses estudos, segundo o professor, devem ser feitos logo após ou durante o tremor, se for possível. Compete à Prefeitura providenciar a instalação desses equipamentos operados por pessoal qualificado. Disse, ainda, que embora os tremores tenham sido sentidos agora, essas falhas que os provocam vêm de longe, talvez centenas de anos provocando tremores que não chegaram a ser sentidos. Com certeza, novos tremores virão em espaço de tempo imprevisível, existindo, então, a necessidade de se proceder ao preparo da população afetada, para sua proteção, como, também, o preparo de locais pré determinados e de conhecimento geral, com fácil acesso que possam servir de abrigos, se necessários, O que nós vimos pela televisão, sábado passado e que não deve acontecer nesses casos, foi o povo sem destino, correndo desorientado pelo meio da rua, sem saber pra onde ir, o que pode causar acidentes graves, até com perda de vidas. .Com treinamento da população, isto não acontecerá. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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