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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 24 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A velha praça de Esporte volta ao noticiário José Prates Depois daquela reação popular, no ano passado, condenando a venda de um pedaço da velha Praça de Esportes, imaginamos que o assunto estivesse encerrado e que a Praça que faz parte da história de Montes Claros continuaria inteira, no mesmo lugar, sendo tratada como área especial. Agora, porem, vem João Carlos com a mensagem 81784, dizendo que a venda da velha praça voltou a ser cogitada e o povo está se manifestando contra, fazendo voltar a reação popular contra uma coisa que fere o sentimento montesclarense de amor e lealdade à sua cidade, o que infelizmente, parece não existir em quem mais necessita desse sentimento que são os administradores municipais. Não cabe criticas ao pretenso comprador, seja lá quem for, porque se ele candidatou-se à compra é porque o pedaço foi posto à venda por quem tem autoridade para fazê-lo, mesmo contrariando a vontade popular e ferindo a história. A falta de sensibilidade social naqueles que mais devia tê-la, permite essa agressão. O que agora voltou a acontecer com relação à Praça de Esportes nos faz lembrar o saudoso Doutor Oswaldo Antunes que não se calou diante da ameaça de retalhar a Praça e colocá-la à venda aos pedaços, sob o argumento de angariar recursos para a construção de um grande shopping. Em seu artigo, publicado neste Mural, o Dr Oswaldo ofereceu sugestão viável que, parece-nos, não foi aceita. O Interessante no artigo que ele escreveu, publicado neste Mural em novembro do ano passado, foi a analise do custo da obra que o Prefeito estava propondo realizar e encontrou divergência entre o seu cálculo e o que é informado pelo Prefeito. Ele, porém, não se limitou aos cálculos para dizer se é viável ou inviável o projeto apresentado pelo Sr. Prefeito, mas, foi além, mostrando em sua analise que o importante e sensato, porém, não estava na avaliação do custo da obra imaginada ou proposta, mas, na solução que viria atender às pretensões da municipalidade, sem a necessidade de tocar em pelo menos metade do velho logradouro que perderia “sua finalidade inicial, necessária, e de características consideradas históricas e protegidas”, E essa solução sensata e viável, sem tocar na Praça de Esportes que continuaria ali, como peça histórica seria o velho e abandonado estádio do João Rebello. Diz o artigo: “bastaria encontrar outra solução, e vejo uma, não só ao alcance, mas, também, mais benéfica para a cidade e o povo montesclarense. Porque não pensar em negociação com a Associação Desportiva Ateneu, para a cessão do seu estádio degradado, e transformação dele em um grande shopping, além da realização de outras miudezas. O que o Ateneu lucraria com essa iniciativa pode ser estudado sob vários modos de contrato judicial. Entre eles, a transferência do uso-fruto e administração do Mocão, por um determinado lapso de tempo” Pelo que noticiam hoje, a solução apresentada pelo saudoso jornalista e ilustre causídico não foi aceita pela Prefeitura que continua, segundo as noticias recentes, com o processo de venda, mesmo contrariando o munícipe. A notícia que nos chega pelo jornal e as informações que nos vem pelo telefone, são de que existe uma insatisfação da população e até um movimento de protesto publico com passeata pelas ruas que já está sendo preparado. Não sei se tal é verdade, nem que o montesclarense está disposto a isto. Mas, num caso desses, até isto pode acontecer. O interessante e que, com certeza, agradaria a todos seria a conservação da velha praça como peça histórica, recebendo tratamento condigno geralmente dispensado ao conjunto do patrimônio histórico cultural, como acontece em outros lugares onde há respeito à história. Se, porem, não existe interesse nesse cuidado, deixando-a no abandono, para ser destruída aos poucos pelo mau trato e pela depedração, o melhor, então, embora lamentável e inaceitável pelos que amam a cidade, é vendê-la. Pelo menos, terá um fim mais digno. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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