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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Para a mensagem de Neuza, aliados de sua justa preocupação, trago dois textos. Falam por si, e são suficientes. O primeiro é de al-Din Muhammad Hafiz, do século 14, anos 1325 a 1390, poeta lírico persa, atual Irã. Poeta, dos mais altos que o mundo conheceu. O outro texto, logo abaixo, é do Bispo de Hipona, norte da da África, anos 300, e que é conhecido na tradição Ocidental por Agostinho, Santo Agostinho, filho de Mônica. Deixem que falem, um por vez, e os dois juntos. Se não entenderem, leiam repetidamente - até o clarão. O poeta Hafiz, muçulmano: Aprende com a conchinha dos mares a amar o teu inimigo e a encher de pérolas a mão que te faz mal. Não sejas menos generoso que o duro rochedo; faze resplandecer de pedras preciosas o braço que te rompe os flancos. Vês lá embaixo aquela árvore alvejada por uma chuva de pedras? Sobre os que a apedrejam caem somente frutos deliciosos ou flores perfumadas. Clama-nos a voz da natureza inteira: será o homem o único ser que se recusa a curar a mão que se feriu, ferindo-o? A abençoar aquele que o ultraja? Desde que a Felicidade ouviu seu nome, corre pelas ruas tentando encontrar você. Aprendi tanto com Deus que não posso mais chamar-me Cristão, Hindu, Muçulmano, Budista ou Judeu. Mesmo depois de todo esse tempo o sol nunca diz a terra: ´Você me deve´. Veja o que acontece com um amor como esse, ele ilumina todo o Céu. Não viemos aqui nem para ser ou fazer prisioneiros, mas para rendermo-nos mais e mais profunda à liberdade e à alegria. Não viemos neste mundo esquisito para nos mantermos reféns do amor. Fuja meu querido, de tudo que não possa fortificar suas preciosas asas que brotam. Corra desesperadamente meu amado, de qualquer um capaz de enfiar uma faca afiada na visão sagrada e suave de seu belo coração. Temos o dever de favorecer aqueles aspectos de obediência que ficam fora de nossa casa e gritar para nossas razões ´Ó, por favor, por favor, saia e participe´. Pois não viemos aqui para ser ou fazer prisioneiros, ou confinar nossos extraordinários espíritos, mas para experimentar mais e mais profundamente nossa divina coragem, liberdade e luz. A Verdade partilhou tanto comigo sobre Ela mesma que não posso mais chamar-me homem, mulher, anjo ou mesmo Alma pura. O amor uniu-se a Hafiz tão completamente que me reduziu a cinzas e libertou-me de todos os conceitos e imagens que a minha mente alguma vez conheceu. O homem puro não deve censurar aqueles que amam o vinho; os pecados alheios não serão levados à tua conta. Cada um colherá o que tiver semeado. Plante de modo que seu próprio coração possa crescer. Cante, cante porque este é o alimento que nosso mundo tanto necessita. E ria, ria porque este é o mais puro de todos os sons. Você acha estranho Hafiz dizer: ´Amo todas as igrejas, mesquitas, templos ou qualquer tipo de santuário. Eu sei que lá está o Deus único, embora tenha diferentes nomes´. Agora, o bispo de Hipona: Interrogo o céu, a luz, as estrelas, e eles me respondem: não somos o Deus que tu buscas. E digo a tudo o que me rodeia: falai-me de meu Deus, já que vós não o sois. Dizei-me algo sobre Ele. E uma voz estrepitosa me diz: ´Foi Ele que nos fez´. Interroguei o universo sobre o meu Deus e ele me respondeu: Eu não sou Deus, sou sua obra. E, contudo, amo uma certa luz e uma certa voz, um perfume, um alimento e um abraço, quando amo o meu Deus: a luz, a voz, o perfume, o alimento, o abraço do homem interior que está em mim, onde brilha para minha alma o que o espaço não encerra, onde recende um perfume que o tempo não dissipa, onde se saboreia um alimento que a avidez não consome, onde tem lugar um abraço que a saciedade não desfaz. É isso que amo quando amo a Deus. Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde Vos amei! Eis que estavas dentro de mim, e eu lá fora a procurar-Vos! Eu, disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes. Estavas comigo, mas eu não estava contigo! Retinha-me longe de Vós aquilo que não existiria se não existisse em Vós. Porém chamastes-me com uma voz tão forte que rompestes a minha surdez! Fulguraste, e o brilho de tua luz afugentou minha cegueira! Exalaste teu perfume, respirei-o suspirando por Vós. Saboreei-Vos, e agora tenho fome e sede de Vós. Tocastes-me, e eis que estou ardendo no desejo de vossa paz Quando tu afastas do fogo, o fogo continua aquecendo, mas tu esfrias! Quando te afastas da luz, a luz continua brilhando, mas as sombras te envolvem! O mesmo acontece quando te afastas de Deus. Quanta riqueza guarda o homem dentro de si, porém, de que lhe adianta se não se busca e investiga. Quereis cantar louvores a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viverdes santamente. Se eles conseguiram chegar à santidade, porque não posso chegar lá também eu? Se não és capaz de falar sabiamente, procura, ao menos, que tua vida sirva de lição. Faz que teu modo de viver seja um eloqënte discurso. Senhor, ao fugir das coisas más, eu me corrijo: corrigindo-me, começo a desejar as coisas boas e ao começar desejá-las, estará dentro de mim o temor puro. Todo homem deseja a felicidade, mas nem todos a procuram onde é preciso que seja procurada. Um homem sem religião, é um peregrino sem meta, um questionado sem resposta, um lutador sem vitória, um moribundo sem nova vida. Não digas que os tempos passados foram melhores que os de agora. Os bons dias são feitos pelas virtudes, os maus pelos vícios. Mesmo quando o mel é abundante, a abelha não tem as asas inúteis. A oração é uma chave que nos abre as portas do céu. A oração é a elevação do espírito a Deus. A oração é o apoio no perigo, o remédio dos doentes, o escudo dos fracos, o perfume dos cidadãos superiores. A oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa. Deus tem sede de que nós tenhamos sede d`Ele. Amando a Deus nos tornamos divinos; amando ao mundo nos tornamos mundanos. A leitura dos maus livros nos ensina a ver sem horror o mal, a dele falar sem pejo, e a criticá-lo sem que nos envergonhemos. Eu pecava, porque em vez de procurar em Deus os prazeres, as grandezas e as verdades, procurava-os nas suas criaturas: em mim e nos outros. Por isso precipitava-me na dor, na confusão e no erro. Nenhum homem tem o direito de levar uma vida de tão grande contemplação a ponto de negligenciar o serviço devido a seu próximo, nem tem o direito de entregar-se de tal forma a vida ativa a ponto de esquecer-se da contemplação de Deus. O pecador, ainda que seja rei, é escravo, não de um único homem, mas de tantos senhores quantos sejam seus vícios. Os maus não são bons porque os bons não são melhores. Os rios volumosos são feitos de pequenas gotas d`água. Uma minúscula fenda num barco, se não for notada e controlada a tempo, é causa suficiente para afundar o barco no mar. Por acaso a própria vida não é parecida com a morte. Não vivi em outro corpo antes de entrar no ventre de minha mãe?

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