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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Antes que seja o fim Manoel Hygino - Jornal ´Hoje em Dia´ O jornalista Girleno Alencar, em reportagem do dia 21 último, focaliza um tesouro em situação de risco. A preciosidade é a capela de Nossa Senhora do Rosário, no distrito de Brejo do Amparo, em Januária, que já visitei mais de uma vez. A foto que ilustra a notícia revela o estado de degradação do templo, construído por escravos em 1688 e tido como o mais antigo de Minas. Ao longo do tempo, a história mineira tem-se concentrado mais especificamente nas regiões de riquezas minerais. O ouro e o diamante atraíram a atenção do pesquisador, como fizeram àqueles que, vindos de Portugal, queriam saciar a sede de bondades na região central de Minas. Mas havia aquele outro grande fluxo que, descendo do Nordeste, estabeleceu-se no Norte mineiro e, dedicado a outras atividades, principalmente junto ao São Francisco, criou um novo posto civilizatório. Foram gentes diversas, que incluíram os bandeirantes, mas também os emboabas, os vaqueiros, os indígenas da região e os afros, experimentados na agricultura. Levínio Castilho, engenheiro, nascido na região e por ela entusiasmado, observou: “Essas raças confluentes descobriram, no último quartel do século XVII, as melhores terras agrícolas da região do São Francisco, onde se localizava a aldeia do Tapiraçaba dos índios caiapós. Era a mais poderosa e adiantada vila de toda a região, situada em terras frescas e férteis, e povoada por um gentio bravio e desconfiado, que ali se estabeleceu, formando um forte grupo agrícola, pastoril e comercial”. A aldeia foi destruída. Cabe às novas gerações evitar que se destruam remanescentes valiosos do que ali obraram os pioneiros, principalmente os que, vindos do Nordeste, construíram monumentos às vezes simples, mas de grande sentido histórico. Aqui mesmo, denunciei o furto do sino da igreja de Nossa Senhora do Rosário, que pesava 300 quilos. Nunca mais se ouviu falar dele. Agora, o templo corre risco, embora exista verba destinada à sua restauração. É algo que não pode ser adiado, porque aquele bem exige rápida recuperação. São mais de 300 anos de história e demonstração de muito amor e um símbolo de fé. Os estudos preliminares já foram realizados. Agora, é mão à obra, para que o velho prédio não tenha o destino do sino, que há muito não badala.

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