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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Minha vida de menino Quando Flávio publicou seu romance de estréia, A Fruta Amarela, eu dei minha opinião de que o título ficaria mais cientificamente correto se fosse O fruto amarelo. Isto porque o pequi (cariocar brasiliensis), que é o carro-chefe de nossa comida típica regional, não é classificado pela botânica como fruta, embora comestível depois de cozido. Àquela altura, o autor já havia batido o martelo e se fixado na decisão pela fruta, mesmo ciente de que o pequi é um fruto. Afinal, é o pai da criança quem escolhe o nome para o batismo, e a periferia, ainda que assinando a “orelha” do livro, cabe apenas bater palma e mimar o pimpolho. Sua segunda obra, com o título cibernético de montesclaros.com Amor, ficaria também de título sonoro se se chamasse Minha Vida de Menino. Não enxergo nenhuma inconveniência, se ficasse quase igual ao clássico Minha Vida de Menina, da diamantinense Helena Morley. Este é a história de uma menina do século XIX que via o mundo da janela de sua infância, reclusa no recesso do lar. Já este livro é a memória de um garoto/adolescente esperto que vivia solto pela rua, numa cidade provinciana e acolhedora onde as crianças ainda podiam fazer da via pública seu parque de diversões. Zanzando pela Praça de Esportes, pela Pharmacia Versiani, pelo Big Bar e outros recintos, como o Café de Zinho Bolão, o Bar de “seu” Tito, o Café Galo e a Alfaiataria de Newton Pimenta, ele colheu material para escrever a reportagem da cidade. Ouvindo a conversa dos mais velhos, como o carteiro Zeca do Correio, o prático de farmácia Luiz Teixeira, os jornalistas Lazinho Pimenta, Waldyr Senna Batista, Oswaldo Antunes, o barão Felisberto Oliveira e seus ídolos Henrique Chaves, Telé Prates & Cia., o futuro memorialista construiu o arcabouço de sua produção literária, bastante apreciada pelos que vibram com os antigos e pitorescos assuntos desta cidade, ora ameaçados de extinção pelo ritmo galopante de crescimento em todas as direções. Flávio Pinto, que parece ter deixado de escrever em jornal de papel e agora só é lido pela internet, abre esta exceção para publicar, mais uma vez, em letra de forma e brindar seu público cativo com mais um título para ser lido e guardado com carinho. Todo bom livro merece ser bem tratado. E lido mais de uma vez, pois livro não foi feito para dormir na estante.

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