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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Com ´pires na mão´ prefeitos do Norte de Minas recebem Dilma – Girleno Alencar - A presidenteDilma Rousseff retorna nesta sexta-feira (10) a Minas Gerais, quando visitará as cidades de Salinas e Rio Pardo de Minas. Nos locais, lançará a etapa rural do Programa Brasil Sorridente, que prevê mil novas Unidades Odontológicas Móveis até 2014, com investimentos de R$ 3,6 bilhões, sendo R$ 331,7 milhões em Minas. Porém, a grande expectativa é anunciar obras federais, como a duplicação da BR–251, que interliga o Nordeste e Sudeste do país; a retomada das obras da barragem de Berizal e o convênio com o Estado para construção do Anel Rodoviário de Montes Claros. A principal reivindicação das lideranças é a BR–251, com 310 quilômetros de extensão. A rodovia recebe 10 mil caminhões por dia e mais de 100 mortes por ano. No fim de 2011, a estrada ficou interditada por causa da precariedade. Barragem Outro pleito é para a retomada das obras da barragem de Berizal, que foi incluída no PAC em 2008 pela própria Dilma, com verba de R$ 60 milhões. Porém, como na época o Estado não liberou o licenciamento ambiental, a verba foi aplicada no Ceará. A obra está 60% pronta e depende da indenização das famílias a serem desapropriadas. A seca que o Norte de Minas atravessa faz crescer o argumento do defensores desta barragem, que perenizaria o rio Pardo e asseguraria o abastecimento. O Anel Rodoviário de Montes Claros, interligando as BRs 251 e 135, tiraria 2.000 caminhões da cidade. Lideranças querem que o Dnit repasse a responsabilidade da obra para o Estado, que teria se comprometido a fazê-la. Estado de Minas - Em terra de desdentado quem tem água é rei - Luiz Ribeiro - Rio Pardo de Minas – O agricultor Clemente Pereira Alves, de 62 anos, que mora na comunidade de Lages Vão, em Rio Pardo de Minas, espera hoje realizar um sonho: ver de perto a presidente da República, Dilma Rousseff, que visita a cidade de 28, 7 mil habitantes, a 725 quilômetros de Belo Horizonte, no Norte do estado. Ao exibir seu sorriso, com dentadura na parte superior e apenas dois dentes embaixo, ele não esconde a felicidade por Dilma ter escolhido a cidade para o lançamento da ampliação do programa Brasil Sorridente, voltado para a melhoria da saúde bucal. No entanto, o pai de quatro filhos conta que além da “dentadura nova” quer que a presidente dê uma solução para a pior seca da história da região. “A gente precisa muito da abertura de poço artesiano”, avisa. Assim como Clemente, a grande maioria dos moradores da zona rural, que apresenta um índice de 20% de desdentados, encara a visita da chefe da nação como uma salvação para o drama que estão enfrentando, depois de seis meses sem verem uma gota d’água cair do céu. Obrigado a andar três quilômetros todos os dias para apanhar água numa cacimba no leito do Ribeirão Santana e carregar até sua casa, na localidade de Santana do Vão, o pequeno agricultor Vitalino Melo, de 64 anos, também quer um poço artesiano. “Eu espero que a presidente possa mandar água para a gente”, afirmou. A mulher dele, Francisca de Melo, de 63, emenda: “O sofrimento nosso com a falta de água é muito grande. Tomara que a Dilma possa ajudar a gente”. O filho do casal, Elson Freitas Melo, conta que neste ano a seca está “tão braba” que afetou até o funcionamento de uma fabriqueta de farinha de mandioca, de onde a família tira o sustento. “Faltou água e a gente se viu obrigado a diminuir a produção de farinha”, reclamou Elson. Outro morador de Lages Vão, Osório Batista Santos, de 60 anos, conta que existiam várias nascentes perto do lugar onde mora, mas há quatro anos todas secaram, assim como um córrego que passava nos fundos de sua casa. Hoje, ele depende de um caminhão-pipa da prefeitura que “demora mais de um mês” para passar. Nesta semana, ele teve que pagar R$ 50 por uma pipa, que comporta 4 mil litros de água, a um caminhoneiro da região “A gente espera que a Dilma possa trazer algum recurso para fazer poço artesiano ou barragens”, diz Osório. De perto Outro que sofre com a seca e sonha com alguma melhoria com a visita da presidente Dilma a Rio Pardo é o pequeno sitiante Nelson Fernando Ribas, de 40 anos, da comunidade de Mato Grosso. “Estamos precisando muito de água e de melhoria na área de saúde”, diz. Por causa da falta de chuva, ele se viu obrigado a vender as vacas que mantinha em sua propriedade, ficando somente com uma dupla de bois carreiros de nomes Rosário e Estrela. A casa dele é abastecida com a água retirada de um poço tubular, que atende outras 29 famílias da comunidade. “Porém, a água do poço está muito reduzida”, ressalta o morador. Hoje pela manhã, Nelson, a mulher, Júlia de Freitas, e o filho Leandro, de 11 anos, vão pegar um ônibus para percorrer 20 quilômetros do lugar onde moram até a cidade para ver Dilma. “Eu acho que a vinda da presidente ao nosso município será uma coisa muito boa porque ela vai poder ver a nossa situação de perto”, acredita o pequeno agricultor. A visita de Dilma impressiona também os moradores da zona urbana de Rio Pardo, como Malaquias Teixeira, de 60 anos. “Acho que a presidente da República visitar um lugar igual a Rio Pardo é a mesma coisa de alguém ganhar na loteria”, compara Malaquias.

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