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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 25 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Melhorias alegram Jacaraci José Prates Um artigo que me chegou pelo e-mail, assinado por Thiago Braga, um jacaraciense como eu, causou-me surpresa e, também, uma certa alegria porque mesmo distante há muitos e muitos anos do lugar onde nascemos, nunca poderíamos esquecê-lo não só por alguns parentes que, ainda, moram ali, como, também, o tempo que lá vivemos, embora pequeno, é um pedaço de nossa vida que ficou na memória. Sempre que ouço a música “Lata d’água na cabeça” eu me lembro de Julia, uma “botadeira d´agua” de lata na cabeça protegida por uma “rodilha” de pano, subindo o beco de Titone para abastecer a casa da freguesa, na rua de baixo. Thiago me diz em seu artigo que não existe mais uma situação dessas que até pode parecer romântica, mas, era doloroso para a coitada da Julia, o dia inteiro no vai e vem de lata na cabeça pra encher os potes colocados nas cozinhas das freguesas. Até há pouco tempo, que eu saiba, a lavoura nessa região esperava a chuva que viesse para ser irrigada e produzir. Agora mudou: está sendo irrigada com água do Rio Gavião. Asfalto? Ninguem, sequer sabia o que é asfalto. Hoje todo mundo sabe por quê? As estradas são asfaltadas e como diz Thiago, estão sendo recapeadas. “A luz elétrica, essa foi estendida para todos os cantos, inclusive nos povoados que também adquiriram poste da iluminação pública”, No meu tempo de criança, luz elétrica só na Igreja, nos dias de novena, fornecida por um motor instalado na farmácia do “seu” Chiquinho David, pertinho da Matriz. E tem mais: hoje existem : ônibus escolares, mantidos pela Prefeitura, buscando alunos no campo para trazê-los para a escola na cidade. Thiago diz que a educação melhorou muito nestes últimos anos. Creio que isto tenha acontecido, mas, dificilmente chegará ao nível da educação ministrada pela saudosa Professora Julieta. Disso posso citar exemplos como Dalcy, escritor, autor de dois ou três livros; Lafontaine, Julizart, Date e alguns outros que fizeram, apenas, o primário e demonstram ou demonstravam no seu dia-a-dia capacidade intelectual superior a esse nível, graças ao excelente curso que fizeram, ministrado por essa inesquecível mestra. Bem educar, era o compromisso da mestra com ela mesma. Hoje, pelo que nos diz o artigo de Thiago, as escolas foram reformadas e oferecem conforto aos alunos, coisa que não existia. Tambem, o lugar era pequeno, em vista do que é hoje. . Emocionei-me quando ele falou sobre Irundiara. Quando eu era criança, onze anos, aprendiz de telegrafia, falava ao telefone com Irundiara, com “seu” Miguel o telefonista dos Correios que transmitia e recebia os telegramas destinados ao lugar. Um dia fui, a cavalo, conhecer Irundiara, onde, também, meu tio Juvenato vendia na feira, caldo de cana e “tijolo” com requeijão. Hospedei-me na casa de “seu” Miguel onde dormi à luz de um “candeeiro” de azeite. Hoje, pelo que eu li, é luz elétrica e as ruas estão pavimentadas emprestando ao lugar “ares de cidade”. Talvez não demore a emancipar-se. Voltemos a Jacaraci e vamos para o velho mercado, no “largo da feira”. Dia de sábado, vinha aquele povão da roça trazendo nas bruacas no lombo de burro, o que tinham para vender e postavam-se no largo atraindo os fregueses. Hoje, modernizou-se e possui boxs destinados a isto e aquilo sem bruacas e sacos abertos no chão do largo, esperando o freguês. Hoje, pelo que fiquei sabendo, Jacaraci tem outra cara. É uma cidade limpa bem tratada que faz bom uso dos recursos que o Governo Federal lhe fornece como PAC, Brasil Sorridente, etc. O que temos é uma cidade limpa, bem cuidada e bonita. Cresce feliz a medida que seu povo está sendo bem servido. Outro Prefeito estará chegando em breve. É bom que siga a onda de crescimento e modernismo. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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