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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 20 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Três desejos Alberto Sena Desde criança a mãe dizia sempre que ele pedia algo mais complicado ou meio fora do alcance do bolso: “Quando Deus der bom tempo...” Essa frase veio à lembrança porque “quando Deus der bom tempo” quer ir a Montes Claros para realizar alguns desejos, mas para não falar de todos, até mesmo para não delongar o texto, optou por se referir a três deles. Desejo número 1: rever os parentes, porque a família se vai crescendo em velocidade nem tão alta como alta foi a velocidade do crescimento da família gerada pelos pais, naquele tempo em que o rádio ainda era incipiente em Montes Claros, e a TV nem de leve era imaginada pela cabeça dos montes-clarenses – internete, então, nem pensar, mas já falando. Para quem ainda não sabe, o rádio demorou seis anos para chegar ao Brasil depois de as ondas curtas e médias serem descobertas por... Assim como há quem não aceita Santos Dumont como ‘Pai da Aviação’, há quem credita o descobrimento das ondas de rádio ao cientista italiano Guglielmo Marconi, mas o inventor mesmo foi o brasileiro Roberto Landell de Moura (Padre Landell), gaúcho nascido em 1861. Mudando de tora para touro, não existe morte. Existe vida. Mas para os humanos continuarem o caminho da vida eterna é necessário passar pela janela ou porta ou túnel, seja lá o que for para nunca mais ser visto em carne e osso na face da terra. Convém, portanto, rever todos para reavivar a memória fisionômica de cada um e conhecer, reconhecer e se dar a conhecer um pouco mais de cada um dos seus e de si mesmo. Desejo número 2: ir ver o que o ex-prefeito Luiz Tadeu Leite fez na Praça Coronel Ribeiro. Quem exercita a boa memória e se leu os textos publicados aqui sobre o descaso da prefeitura de Montes Claros em relação à praça vai se recordar que, por duas ocasiões, foi cobrada uma ação para salvar o antigo ‘point’ da cidade, à época, ‘footing’ chamado. A praça é de todos que ali viveram dias pachorrentos, lentos, porém inesquecíveis. A praça era frequentada dia e noite, antes e depois do cinema. A frequência era ao ponto de fazer amizade com o porteiro do cinema e quando faltavam 15 minutos para terminar a sessão, ele permitia a entrada de todos. Ali no Cine Coronel Ribeiro houve tempo para sentar acompanhado em quase todas as cadeiras. Mas a praça por si só era palco de conversas diurnas e noturnas sobre literatura, futebol, garotas, sexo, festas “o escambau”, para usar uma expressão da época. Em verdade diz ele a quem se interessar possa que os textos escritos e publicados aqui cobravam a ação da prefeitura e soube, evidentemente, que o prefeito havia reformado a praça, mas não pôde ir a Montes Claros. Entretanto, na primeira oportunidade irá para fazer a inspeção da praça e ver se ficou de acordo. Depois, ele vai escrever outro texto porque, independentemente de qualquer coisa, a praça é nossa, inclusive a Praça de Esportes. Desejo número 3: pôr nas costas uma mochila e em companhia de outras pessoas interessadas, ir ver o que a indústria de cimento andou fazendo atrás do Morro 2 Irmãos. Do lado de cá – ‘igualzim’ a Minerações Brasileiras Reunidas (MBR), hoje Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) fez atrás da Serra do Curral, cartão postal de Belo Horizonte – o Morro 2 Irmãos parece intocado. Mas quem se der ao trabalho de dar a volta por trás vai ver lá os estragos deixados pela indústria de cimento. Pior ainda: não se vê cobranças de ‘recomposição’ do terreno. Leigo no assunto, mas em sintonia com tudo que se pode chamar de elemento da natureza, ele acha: os tremores de terra ocorridos em Montes Claros, a partir de quando a indústria de cimento e as mineradoras se instalaram na região, podem ser decorrentes do chamado ‘sismo induzido’, qual ‘parto induzido’, nada tem de natural. Se se levar em conta que a Terra é também gente, não gente como os humanos, mas respira, sente dores etc., à medida que as dinamites foram explodindo, ao longo de décadas, não há quem aguenta tanto estrago. E como terra, terreno árido, ela se vai mexendo para buscar acomodação, tal e qual os humanos mexem e remexem na cama quando dormem, sem que haja explosões no colchão ‘densidade 33’, bom para preservar a coluna vertebral.

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