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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: A REPRESSÃO À FÁBRICA DE BARULHO ESTÁ FUNCIONANDO JOSÉ PRATES O que vemos agora, nas mensagens postada no MURAL, são leitores parabenizando a Prefeitura e a Polícia do Meio Ambiente pelo combate ao barulho vindo de carros de som que circulam pela cidade, perturbando todo mundo. As reclamações foram muitas e não caíram no vazio: a mensagem 74683, como algumas outras que foram publicadas, expressam o agradecimento do habitante e parabenizam a Polícia pelas medidas adotadas que fizeram cessar o barulho que tanto lhe incomodava. As multas que foram aplicadas aos infratores, conseguiram convencê-los a fecharem a fabrica de barulho. “Só mexendo no bolso que eles entendem”, como diz a mensagem de Francisco Nunes e nós concordamos. Foi no meio do ano passado que, depois de uma avalanche de reclamações do povo, a Policia e a Prefeitura resolveram agir firmando um convênio de ação conjunta contra o barulho, o que surtiu algum efeito, fazendo diminuírem e até desaparecerem as reclamações do povo, sinal de que o barulho diminuiu. Dizíamos na ocasião e hoje repetimos, que Montes Claros não é nenhuma cidadezinha do interior onde o poder público sozinho, pode controlar tudo. É uma cidade grande, com jeito de capital, e os seus problemas, também, são grandes necessitando, obviamente, da cooperação da sociedade local em parceria com a municipalidade, para resolvê-los, como é o caso do barulho que tanto incomoda. Naquela ocasião não dissemos que o barulho incomodativo acabou, mas, diminuiu, podendo voltar como era antes, o que, de fato, aconteceu porque não houve a colaboração do povo para impedir que isso acontecesse. Não há dúvida de que sem o apoio da sociedade que é a principal prejudicada, nenhuma ação contra problemas como a poluição sonora, vai surtir efeito duradouro. Disso já temos exemplo com o que aconteceu antes com esse barulho e voltou a acontecer novamente depois de um pequeno espaço de tempo de sossego. A população quase toda, com algumas exceções, preocupa-se em criticar ou reclamar das autoridades providencias sobre situações que de qualquer forma lhe prejudique, sem atentar para o fato de que a solução possa estar na própria sociedade. No caso do barulho provocado por carros de som, nota-se que há desrespeito às leis de proteção ambiental, praticado por pessoas adultas e, teoricamente, responsáveis, mas, sem nenhuma educação social que lhe facilite a noção do respeito ao direito alheio. Muitas vezes, esses casos reprimidos à maneira policial típica, não são resolvidos de forma definitiva porque quase sempre a punição obedece ao critério aplicado no crime comum, o que não é certo. Pune sem educar e nesse caso educar o individuo praticante do ato é necessário para fazê-lo enxergar os direitos do cidadão. Não há dúvida de que a ação policial é necessária como repressora, mas, também, é necessário que as autoridades planejem ações educativas, mostrando aos infratores o mal que causam ao habitante que necessita de descanso após um dia de trabalho. As multas pesadas são uma punição eficiente porque o medo da perda financeira inibe o ato delituoso. A ação repressora começou timidamente, mas, começou. Agora é aguardar os resultados. (José Prates, 87 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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