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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 10 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Advogado nega que ex-prefeito de Montes Claros é foragido da Justiça - Sânzio Baioneta Nogueira não informou, no entanto, a cidade onde o ex-prefeito pode ser encontrado. Luiz Ribeiro. De acordo com o advogado Tadeu Leite está nos EUA fazendo tratamento médico. O advogado Sânzio Baioneta Nogueira, que defende o ex-prefeito de Montes Claros Luiz Tadeu Leite (PMDB), negou nessa quinta-feira que seu cliente esteja foragido. Em contrapartida, o advogado disse que não sabia onde o ex-prefeito estava. Desde a última terça-feira (2), o nome do ex-prefeito tenha sido incluído pelos procurados pela International Criminal Police Organization (Interpol). Nogueira também disse que entrou com pedido de revogação da prisão temporária e que a disposição do ex-prefeito é prestar os esclarecimentos à Justiça.´Me comprometo que no primeiro dia da chegada do meu cliente, o levarei para prestar quaisquer esclarecimentos para todas as autoridades, é de todo o interesse dele esclarecer os fatos”, garantiu o advogado. Leite teve decretada a prisão temporária por cinco dias por suspeita de envolvimento com um grupo acusado de desviar recursos públicos por intermédio da negociação fraudulenta de precatórios falsos, usados para a compensação tributária de dívidas dos municípios com a União. O esquema foi desmontado pela Polícia Federal, na operação “Violência Invisível”, na última terça-feira (2), quando sete pessoas foram presas, entre elas os também ex-prefeitos Warmillon Fonseca Braga (DEM), de Pirapora; e José Benedito Nunes (PT), de Janaúba. O ex-prefeito de Montes Claros se encontra nos Estados Unidos desde maio. O delegado Marcelo Eduardo Freitas, chefe da Delegacia da PF em Montes Claros, que comandou a operação, declarou que ele foi considerado foragido. Tratamento médico O advogado do ex-prefeito informou Luiz Tadeu faz tratamento médico nos EUA. “Ele não pode ser considerado como foragido, pois, no dia 21 de junho, foi comunicado à Polícia Federal que o ex-prefeito Luiz Tadeu Leite, naquela data, estava internado no Hospital Monte Sinai, em Miami”, disse o advogado, acrescentando que também foi informado que o retorno do seu cliente ao Brasil está marcado para 10 de agosto. Baioneta afirmou que Tadeu Leite “perdeu quase 100% do intestino grosso” em razão de uma diverticulite e usa uma bolsa de colostomia, que teria apresentado um problema de entupimento, o motivo de sua internação no hospital de Miami. “Agora, ele terá que ser submetido uma cirurgia de altíssimo risco. O tratamento nos Estados Unidos foi indicado por médicos brasileiros e cirurgia não será feita em Miami, mas sim em Houston”, alegou Nogueira. Investigações De acordo com as investigações, o mentor do esquema de fraudes em licitações para a aquisição de precatórios falsos, visando a compensação tributária de dívidas é o empresário Mateus Roberte Carias, da empresa capixaba Digicorp Consutoria e Sistemas Ltda, preso na operação “Violência Invisível”. A empresa oferecia os precatórios para os municípios com desconto de 30%. Só que, de acordo com as investigações, os papéis eram falsos, sem nenhum valor legal, ocasionando prejuízos para os cofres públicos. Marcus Vinicius da Silva, conhecido como “Marquinho”, que oferecia o “negócio” para as prefeituras, também teve prisão decretada, mas continuava foragido até a tarde dessa quinta-feira. O grupo investigado pela Polícia Federal atuou em mais de uma centena de cidades em 11 estados (MG, SP, RJ, ES, BA, PE, SE, PB, MA, PA e SC). Em Minas Gerais, segundo a PF, foram causados prejuízos de mais de R$ 70 milhões em 11 cidades. O Município Montes Claros (na gestão de Tadeu Leite, de 2009 a 2012) adquiriu R$ 13,957.219,48 e foram pagos R$ 9.367.901,49. “Mas, a prefeitura também foi vítima e entrou com uma ação contra a empresa envolvida para que o dinheiro seja devolvido”, afirmou o advogado. Nogueira sustenta que Tadeu Leite aceitou a aquisição dos precatórios da Digicorp porque “confiou na assessoria jurídica da prefeitura e não tinha conhecimento de que os títulos eram falsos”.

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