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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Veja que interessante essa matéria de hoje portal G1. O bombeamento de água para o subsolo, prática comum no processo de extração de gás natural ou de petróleo, torna o solo mais vulnerável a terremotos, indica pesquisa publicada nesta quinta-feira (11) na revista “Science”. O estudo afirma que esse tipo de atividade humana aumenta os riscos de haver tremores de terra em resposta a grandes terremotos distantes. Grandes quantidades de água são usadas para quebrar rochas com o objetivo de liberar o gás natural ou para retirar petróleo e gás a partir de poços subterrâneos convencionais. A água utilizada no processo geralmente é bombeada de volta para o subsolo. Pesquisadores da Universidade de Columbia, da Universidade de Oklahoma e da Universidade de Cornell avaliaram o impacto de grandes terremotos ao redor do mundo em áreas, nos Estados Unidos, onde ocorre esse tipo de atividade extrativista. Eles constataram, por exemplo, que um conjunto de poços onde ocorria o bombeamento subterrâneo de água de descarte perto da cidade de Prague, no estado de Oklahoma, foi o responsável por um abalo sísmico de média intensidade no dia seguinte ao grande terremoto que ocorreu no Chile em fevereiro de 2010. Em abril de 2012, um terremoto na Sumatra de magnitude 8.6 desencadeou uma nova série de terremotos no mesmo local. Da mesma forma, o grande terremoto que acometeu o Japão em março de 2011, seguido por um tsunami, desencadeou vários terremotos na cidade de Snyder, no estado do Texas, onde existe, há anos, uma atividade extração de petróleo que utiliza a técnica de bombeamento de água para o subsolo. Tremores provocados por grandes terremotos distantes já haviam sido identificados anteriormente. A novidade do estudo é ligar esse fenômeno natural ao fato de que algumas falhas geológicas têm se tornado mais frágeis e vulneráveis aos abalos devido a esse tipo de atividade humana. “Sabemos há pelo menos 20 anos que o tremor de um terremoto grande e distante pode desencadear abalos sísmicos em lugares com pressão de fluido naturalmente alta, como campos hidrotermais. Agora, estamos vendo esse tipo de terremoto em lugares onde atividades humanas estão aumentando a pressão (devido à injeção de fluidos no solo)”, diz o sismólogo Geoggrey Abers, um dos autores do estudo. De acordo com artigo do cientista William L. Ellsworth, também publicado na ´Science´, a ocorrência de terremotos em localidades incomuns tornou-se um importante tópico de discussão na América do Norte e na Europa. Há a preocupação de que a atividade industrial poderia estar provocando terremotos.

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