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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 19 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Mário Genival Tourinho Conheci o montes-clarense Mário Genival Tourinho no internato do Instituto Padre Machado, em Belo Horizonte, em 1944, no curso ginasial. Encontramo-nos depois, muitas e muitas vezes, nos embates da vida, nas atividades políticas e administrativas. Participamos de comícios no vale do rio São Francisco pelas Diretas Já. Firmamos amizade que perdura há 70 anos. Ele foi um dos mais combativos integrantes da oposição, durante o chamado Período Militar da vida nacional, ou como quer a maioria, da Ditadura Militar. Amigo fraterno de Juscelino Kubitschek, Leonel Brizola, Darcy Ribeiro e Tancredo Neves. Quando da posse de Manoel Hygino dos Santos, na Academia Mineira de Letras, na presidência do acadêmico Murilo Badaró, encontramos mais uma vez. Na ocasião, Murilo Badaró, nosso colega do mesmo internato, disse: “Somos os últimos representantes do nosso tempo, no Padre Machado”. Não éramos os últimos. Muitos colegas e amigos ainda estão em plena atividade, entre eles o médico Francisco Lopes (Chico Lopes), aqui em Montes Claros, e alguns outros, mas infelizmente Murilo nos deixou, logo depois. Genival Tourinho, mais novo quatro anos, foi nosso calouro. Ele chegava, e nós estávamos saindo. Foi apenas um ano de convivência no internato. Sempre nos encontramos quando ele vem a Montes Claros. Ele esteve presente em minha posse no Instituto Histórico de Geográfico de Minas Gerais, em Belo Horizonte, no de 23 de novembro do ano passado. Seu livro “Baioneta Calada e Baioneta Falada”, editado em 2013 pela Imprensa Oficial e apresentado pelo jornalista Murilo Melo Filho, é um livro másculo. Ocupa lugar de destaque em minha modesta biblioteca, Contém farta documentação e relatos de importantes fatos dos bastidores da política nacional. Depois de lançamentos em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília, Genival Tourinho o lançou, no espaço da OAB/MG, em Montes Claros. Genival Tourinho nasceu para a política - a boa política. Ainda estudante, foi candidato a vereador à Câmara Municipal de Belo Horizonte pela legenda do PTB. Já advogado, graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais, contrário ao golpe militar de 1964, ele advogou para inúmeros presos políticos. Coragem nunca lhe faltou, apanágio dos fortes. Foi deputado estadual e federal durante o período da Ditadura Militar, filiado inicialmente ao MDB, partido que ajudou a fundar, e depois ao PDT, por não ter conseguido a restauração do PTB, com Leonel Brizola. Foi um vigoroso oposicionista do Regime Militar, atuando em defesa dos perseguidos e enaltecendo sempre as figuras marcantes de Juscelino, Jango, Brizola, Darcy Ribeiro, entre outros. Lutou pela anistia geral, muito antes de outros pensarem em amenizar as máculas do golpe de 64. Deputado Federal, como ele mesmo revela, foi processado durante a Ditadura Militar, com base na Lei de Segurança Nacional, por ter denunciado a chamada Operação Cristal que, com atentados terroristas atribuídos à esquerda, mas praticados por militares e para militares, objetivavam impedir a abertura política que se iniciava. Vítima de atentado, condenado a cinco anos de prisão e suspensão dos direitos políticos por cinco anos, abandou a vida pública.

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