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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 28 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Enquanto a Terra treme Manoel Hygino - Hoje em Dia A Terra tremendo, cada vez mais frequentemente. Não apenas no norte do Chile ou na China, por exemplo. Não é preciso ir tão longe. Na região norte - mineira, o fenômeno é registrado presentemente como jamais ocorrera antes. A população de lá não quer ser notícia de telejornais, nem mostrar às câmaras as rachaduras nas paredes das casas, o desabamento parcial dos tetos. Não é motivo de orgulho, mas de medo, não mais circunscrito aos tiroteios das gangues no seu feroz ofício de destruir caixas eletrônicos pelo interior brasileiro. As autoridades na capital da República não escondem os fatos, mas são evasivas. Informam apenas que foi a falha geológica. Mas e daí? Um estudioso do assunto, um técnico, levanta uma série de perguntas: Se foi a falha geológica, o que provoca que movimentação? Por que os blocos carsticos se movem? Para cima ou para baixo? São impulsionados pelo excesso de gás natural ou à extração do calcário pelas mineradoras próximas? As explorações desenfreadas de águas subterrâneas pode ser uma das causas? José Ponciano Neto tem formulado estas indagações, e não me lembro de uma resposta clara, decisiva. Ele acredita que os sismos dos últimos anos são induzidos pelo homem. Em verdade, se causa ou causas há, cabe à autoridade pesquisar e esclarecer, determinando providências que evitem mais graves consequências e examinando a tese de outros especialistas, se for o caso. Mesmo que fosse apenas um lugarejo, o problema deveria merecer atenção do poder público. Já é extensa a região atingida por esses abalos, e sua repetição alarmante. Não se esquecerá de que já houve morte. Por que a falha de três quilômetros não se mantém no lugar como até algum tempo era? O que aconteceu? Enquanto praticamente nada surge de objetivo e suficientemente elucidativo, a maior cidade norte - mineira e populações disseminadas pelas áreas rurais se mantêm em ininterrupta inquietação, tangidas pela insegurança. Essa gente tem o direito de conhecer os fatos, suas origens e seus efeitos! Embora não se creia que nossos tremores sejam de magnitude comparável aos de outros países, pelo menos se deveria ser melhor aquinhoado com notícias. Um especialista alerta: é importante construir edificações mais resistentes para enfrentar o impacto dos abalos. Falta esclarecer quem vai assegurar os recursos. As consequências foram maiores. No Hospital Universitário, faltou energia e os geradores não funcionaram. Seus servidores se assustaram porque havia pacientes entubados. O estrondo anunciador de uma provável catástrofe, foi pela manhã. A população saiu às ruas. A telefonia foi prejudicada. Depois, novos ruídos fortes no ventre da crosta terrestre. Os adolescentes estavam praticamente prisioneiros na Escola Normal, um prédio com escadas. Há uma certeza- novos tremores virão.

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