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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 28 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Prendeu, tá preso Manoel Hygino - Hoje em Dia O leitor que acompanha este comentário terá percebido, até porque não escondo, minha preocupação com os dias que atravessamos. Não há pessimismo ou catastrofismo, mas uma candente inquietação no país, avaliável não apenas pelas manifestações das ruas, mas também pela conversa na rua, nos restaurantes, nos estádios esportivos, nas salas de aula, nas barbearias, nos deslocamentos em táxi e em coletivos. O Brasil está descontente e há, inclusive, os que admitem ou prenunciam o caos, que afinal não interessa a quem quer que seja e com o qual não concordo. Há meios e modos de evitar o pior. O clima espiritual do Brasil não é o que desejamos, nem o que defendemos para o país em que nascemos e para a nação que integramos. Os crimes, muitos deles extremamente bárbaros, se repetem tragicamente em pequenos burgos ou grandes cidades. Receio agudo toma conta de todos os cidadãos, em todos os lugares e horas. As autoridades, mantidas com dinheiro público para proporcionar segurança e tranquilidade à comunidade, já se revelam impotentes, mais do que isso, temerosas, porque também reféns. Há medo de sair às ruas, há medo de permanecer em casa. Vislumbram-se sintomas e sinais de descontentamento em grande parte dos setores produtivos e profissionais, até porque segue atuante e ousada a malta de bandidos soltos nas vias públicas, dos que vivem na marginalidade e dos que fazem de conta que são bons brasileiros, mas se mantêm contrários ou alheios ao império da lei e da ordem. As próprias polícias – Federal, Rodoviária Federal e Civil – de vários Estados, entre as quais de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, protestam com esta situação. Os atos do último dia 20 serviram de alerta. Eles exigem a reformulação na política de segurança pública para o Brasil. É um apelo que tem de ser ouvido por quem de dever, antes que descambemos para o precípuo inimaginável do desarranjo das instituições. Para esta sexta-feira, estavam programadas manifestações na capital de Minas, além das já costumeiras no Rio de Janeiro e São Paulo. Quando até os agentes de segurança discordam de rumos e pedem mudanças, sente-se que há algo de grave e errado no país, que, para ser bom efetivamente, tem de ser eficiente, correto e justo. A palavra da comandante de policiamento de Belo Horizonte foi muito clara e lúcida: “Nós queremos é uma lei que funciona, que a gente não tenha que prender bandido mais de uma vez. Prendeu, tá preso, responde preso pelo seu ato”. Evidentemente, em todas as esferas da vida do país. Em 2014, há eleição presidencial. É uma oportunidade sobremodo preciosa para se identificar o melhor candidato no elevado cargo, não se deixando influenciar por promessas só expressas em campanha política. Antigamente, candidato era o cidadão puro, cândido, sem mácula, que merecesse a confiança da nação. Em verdade, o povo precisa ser ouvido, mas lhe compete também votar conscientemente. Aguardemos outubro.

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