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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 28 de novembro de 2024
 

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Mensagem: IGREJA DOS MORRINHOS, A LEMBRANÇA QUE NÃO MORRE Contemplando a miniatura da Igrejinha dos Morrinhos que está aqui em minha frente, na mesa do computador, vejo-me sentado na base do cruzeiro, junto com a namorada, hoje esposa, de mãos dadas, vivendo em sonho o futuro que juntos pretendíamos construir e que, pela graça de Deus, construímos no lar que erguemos sobre o alicerce do amor, para abrigo e segurança dos nossos filhos, onde lhes demos o nosso exemplo de vida. Éramos dois adolescentes, hoje, somos bisavôs, mas, ainda guardamos na lembrança os momentos de sonhos vividos no ádrio da Igrejinha que em miniatura, está em nossa frente para nos fazer continuar sonhando embalados pela felicidade que nos envolve, ignorando o tempo que passou e a velhice que chegou. Hoje, quantas vezes, sentados e mãos entrelaçadas, contemplando a miniatura, nós nos sentimos como ontem, fazendo voltar os sonhos, não os mesmos sonhos do passado que traziam esperanças, nutrindo o amor recém-nascido, mas, a visão do sonho realizado pela firmeza do amor, fortalecido pela compreensão, confiança e respeito mútuos; a certeza da família criada, refletida na alegria e saúde dos netos e bisnetos que nos conduzem ao paraíso. Por isso, eu penso que a ninguém interessa abandonar, esquecer tudo que lhe possa conduzir ao passado. Em cada um de nós, porem, há pedaços da vida ou lugares em que vivemos que não merecem ser lembrados porque trazem dores, mas, esquecidos não; Outros pedaços, porem, existem que nos fazem retornar a momentos de alegria e romantismo vividos numa juventude inocente, num passado que a memória não apaga. No nosso caso, um desses pedaços de vida são as visitas dominicais à Igreja dos Morrinhos,. Sua miniatura tendo ao lado os “catopés” que lembram as festas de agosto, não sai de minha frente, aqui, na mesa do computador, acima do monitor. Pequena, humilde, com paredes brancas; portas e janelas em azul claro. À entrada do pátio, o cruzeiro majestoso mostra a porta aberta, convidando à oração. .Quantas vezes eu parei a digitação para contemplá-la deixando que momentos do passado voltassem à memória, trazendo recordações. A miniatura se transforma na imaginação e a igrejinha aparece real, plantada no alto do morro, abençoando a cidade aos seus pés. Assim ela é e assim a vejo sempre porque ela continua sendo a igrejinha acolhedora que nos recebia aos domingos em românticos passeios, longe de vistas fiscalizadoras. Ali, dois jovens sonhadores, de mãos entrelaçadas e brilho nos olhos, inocente casal de namorados contemplando a cidade, sonhando com a felicidade de um lar. Lar que nos dias de hoje, muitos anos depois de construído, recebe sempre com alegria a visita de filhos e filhas; netos e bisnetos. (José Prates, 87 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Atualmente, é um dos diretores do Sindicato da Classe)

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