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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Chove desde a manhã a norte e a leste de M. Claros, a cidade. Esta chuva - que está constante atrás do Morro dos Dois Irmãos - às vezes entra na área urbana, faz de conta que vem, e volta. Brinca. Algo querem dizer aos Catopês, desconfio. (Creio que chama atenção para o Morro símbolo de nossa ajuntamento, e do qual resta tênue casca, pois foi transformado em cimento, ao longo dos últimos 50 anos. Cimento hoje que é de um fabricante francês, que nenhuma ´bola´ dá para a cidade de quem engole o símbolo, bem diferente dos primeiros donos.) Falemos da chuva: ela parece constante para além do desfigurado, ao revés, Morro dos Dois Irmãos. Tive notícias que é da mesma safra da chuva que hoje, bendita seja ela, cai na região leste de Minas, beneficiada por ventos marítimos. Pois pela previsão do tempo não há nenhuma chuva a nós dedicada. Bom que a meteorologia erre. Bom que também se engane alguém, de bom coração, que culpa os nossos Catopês pelo que não fizeram. O que fazem, fazem por 200 anos - cantam, dançam, louvam, exercitam sua pequena grande fé, no limite da nobreza e do sacrifício, na fronteira do esgotamento pessoal, físico, humano. Mas com uma alegria que só pode vir mesmo do céu. Não vendem sanduíches. Não exploram comércio, bebidas e refrigerantes. Nunca, jamais, pedem além do que vale o feijão com arroz, a carne de sol com mandioca, o arroz com pequi- que muita vez lhes fazem falta. Não gostam daquela festa que se apropriou do seu nome, que até fecha o seu caminho. Festa, ou festival, que devia convergir para êles, mas diverge, há tantos anos. E ainda há quem os culpe, mas são inocentes. Inocentes. Devolvem, cantando: ´´Deus te Salve Casa Santa, onde Deus fez a morada...´. A vida é feita de pequenas e grandes injustiças. Eles aprenderam, e perdoam - enquanto se vão. cantando, cantando, junto com a Marujada e os Caboclinhos - ´A retirada, ê meus camaradas. A retirada, a retirada...´. Muito provavelmente hoje ainda se encontrarão com a chuva, que veio buscá-los, e os espera, por trás da cortina do Morro dos Dois Irmãos.

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