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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 26 de abril de 2024
 

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Mensagem: Nós, parnasianos Haroldo Lívio Parnaso, em resumo, é uma espécie de paraíso particular dos que sonham porque têm tempo para sonhar. É um negócio de poetas, mas não se assustem com isto, pois podemos explicar sem comprometer nenhum de vocês que estão recebendo o Prêmio Parnaso, com direito a pergaminho e troféu. Segundo o dicionário do mestre Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira, Parnaso era (ou ainda é, se não houve desmonte) uma montanha da região da Fócida, na antiga Grécia dos deuses e heróis. Em sentido figurado, cá pra nós, é a poesia, os poetas, bardos, menestréis. Contudo, nãp exageremos na dose, porque as pessoas aqui presentes para serem agraciadas com o Prêmio Parnaso 2014, contam-se, nos dedos, as que gastam seu precioso tempo rimando versos. Necessariamente, para se fazer jus a esta homenagem pública não é exigido que o homenageado seja cem por cento um artista, um letrado, no sentido literal da palavra. Uns mais, outros menos, somos todos artistas. Vários dos premiados foram identificados, é verdade, no cenário da arte e da cultura. Há nomes consagrados das letras e das artes que participam, ativamente, da produção cultural em Montes Claros e região. Ocorre, porém, que a cultura que aqui se exalta não é exclusivamente a manifestação do espírito criador, essa característica que distingue o homem dos outros animais. O Prêmio Parnaso, cujo nome foi sugerido pelo jornalista Jorge Silveira, foi idealizado pelo beletrista José Luiz Rodrigues para valorizar o trabalho em áreas que são havidas, erroneamente, como estranhas à cultura e às artes em geral. Vejamos o exemplo da Medicina, que, a rigor, seria apenas o ramo da ciência que se ocupa da saúde. Entretanto, está esculpido no juramento de Hipócrates: “Prometo que ao exercer a arte de curar...” Logo, todo médico, dentista, bioquímico, enfermeiro, todos os profissionais de branco que lutam contra a doença são artistas. Se não fosse assim, só Konstantin Christoff, João Valle Maurício (quanta saudade dos amigos!), Aderbal Andrade, Franciso Lopes Neto, Carlos Muniz, Tancredo Macedo, José Rametta e poucos mais seriam tidos como artistas.Onde existe a ação do ser humano, dotado de centelha divina, germina a cultura, que muita gente boa confunde com erudição, com sapiência e até com verborragia. O Prêmio Parnaso foi concebido para fazer justiça ao trabalho tido como banal, para reconhecer a dignidade profissional de quem se dedica à labuta para ganhar o pão de cada dia e ter a consciência do dever cumprido. E quem assim procede ajuda a construir o mundo, coloca o seu tijolo na parede da comunidade e precisa saber que ele ajuda a melhorar a vida de todos, a expandir as fronteiras da civilização. Ai de nós, se participar da cultura fosse tão somente escrever livros, pintar quadros, compor melodias. Isto é a seara da elite cultural. Acontece, porém, que o mundo só vai para a frente se tiver quem are a terra, quem plante, quem colha o fruto, quem meta a mão na massa para manter a casa funcionando, de fogão aceso, com a gente comendo gostoso e dormindo em paz..

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