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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 28 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Anomia. Prestem atenção nesta palavra referencial, emblemática. Que a grosso modo significa: “Estado de uma sociedade caracterizada pela desintegração das normas que regem a conduta dos homens e asseguram a ordem social”. Foi definida pelo celebrado sociólogo Durkheim, que decifrou o momento grave em que as normas passam a ser ignoradas, prenunciando as sociedades doentes. Pois bem, invoco o termo anomia para representar o que volta a acontecer ao lado de nós, em muitas áreas, quando as leis perdem o seu efeito, para no seu lugar vigir às vezes o desejo da passageira autoridade, impondo o abjeto e temido arbítrio, movediço terreno que precede a autocracia e deformações como tais. Veja o caso da reiterada desobediência das leis, muitas, que limitam o ruído máximo que pode ser suportado pelos humanos, sem graves conseqüências para o seu equilíbrio e saúde geral. Todos viram, testemunharam como até cerca de um ano atrás eram frequentes as queixas contra ruídos propositadamente provocados. Coube a um novo comandante da PM, em boa hora, exigir o cumprimento das leis que garantem o sossego público. Foi um alívio, gradativo e pacificador. Infelizmente, os transgressores - em tempos de anomia - não desanimam. Voltam a experimentar as autoridades e a provocar as leis, impondo sua vontade transgressora. Arrogantemente., e confiados na impunidade. Nas últimas semanas, recomeçaram tentativas em áreas identificadas, notadamente no outrora triste e famoso ´triangulo da impunidade´, onde o barulho dos carros usinas de som e dos barzinhos com som ao vivo, em ambiente sem tratamento acústico, ensaiam regressar, trazendo o mote da ´cidade sem lei´. O resultado da nova investida já pode ser medido e notado, e começa a se espalhar por outros pontos, gerando inquietação. A persistir o novo abuso, o clamor tende a se elevar, em defesa das leis. Imaginava-se que a cidade havia ultrapassado este estágio primitivo, de barbárie e transgressões.

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