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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 1 de maio de 2024
 

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Mensagem: Palavra do autor Quando resolvi colocar no papel as memórias dos dois mandatos de Antônio Lafetá Rebello como prefeito de Montes Claros (1967/70 e 1977/82), minha intenção foi perpetuar a gestão daquele que considero ter sido o maior administrador público da história do município. Opinião compartilhada quase por unanimidade por quase todos que viveram as décadas de 1960/1970 na cidade. Como jornalista, vivi intensamente estes dez anos de frenética movimentação administrativa, onde as obras se sucediam como num turbilhão. Toninho Rebello, como era conhecido, transformou a Montes Claros provinciana da década de 1960 na verdadeira capital do norte de Minas. Construiu as maiores obras que até hoje existem na cidade, como o Terminal Rodoviário, o Centro Cultural, o Parque Municipal, o Ceanorte, a Avenida Deputado Esteves Rodrigues, a Avenida Mestra Fininha (de acesso ao Parque) e outras menos lembradas, mas também muito importantes, como toda a rede de asfalto, de primeiríssima qualidade, que implantou em toda cidade, e quase uma dezena de praças, como a Wanderley Fagundes, a Itapetinga, a Flamarion Wanderley e outras. Como conheci muito bem apenas o Toninho Rebello administrador e político, convidei sua sobrinha, professora emérita e escritora, Ivana Ferrante Rebello, para compartilhar comigo estas memórias, cabendo-lhe mostrar aos leitores como foi e o que foi o Toninho pai de família, o Toninho irmão, o Toninho filho de seu Jaime, o Toninho avô, enfim, o homem em todas as suas características e princípios familiares. Acredito que juntando as memórias de Antônio Lafetá Rebello a quatro mãos, teremos um retrato bem aproximado daquele que, em quase todos os sentidos, foi e continua sendo o paradigma de alguns conceitos tão em desuso nos dias atuais como austeridade, ética, honra, honestidade, amizade, cidadania e patriotismo. Como político e administrador, sei que Toninho Rebello ainda hoje seria ave raríssima na nossa fauna política. Se no cenário político nacional houvesse pelo menos uns 20% de homens com ele, provavelmente o conceito do cidadão em relação à classe política seria outro. E se o dinheiro público fosse administrado da forma como Toninho o fazia, no mínimo o país estaria em outra posição no “ranking” das nações emergentes. No caso de Montes Claros, se os prefeitos que vieram posteriormente tivessem seguido um mínimo dos conceitos administrativos deixados por Toninho, certamente a nossa cidade estaria em muito melhor condição, não esse desastre administrativo com o qual convivemos diariamente. É bom deixar claro que tudo relatado nestas memórias são fatos verídicos. Não existe romance ou ficção. Se houver algum erro de data ou de nome, desde já me penitencio e peço desculpas, pois tudo aqui narrado foi escrito de memora ( que pode eventualmente falhar). Como jornalista e repórter do “Diário de Montes Claros”, vivi de dentro da prefeitura e do convívio com Toninho, os dez anos em que ele administrou o município. Foram dez anos dos quais extraí uma lição importantíssima: por mais bem feito que se faça qualquer coisa, só se chegará próximo da perfeição se tudo for feito com amor, com muito amor. A administração de Toninho foi quase perfeita por suas várias qualidades, mas antes de tudo e muito mais pelo amor que ele tinha por Montes Claros. Era um amor que ultrapassava todos os sentidos, chegando a ser mesmo compulsivo em alguns momentos. Mas foi exatamente esta compulsão que fez da administração de Toninho a maior de todas que se viu em Montes Claros no últimos 50 anos ou mais. Mas é melhor deixar para os leitores, especialmente os que não conheceram Toninho Rebello e que não viveram aqueles dez anos de intensa euforia administrativa, a análise e o julgamento do homem e do político Antônio Lafetá Rebello. Há ainda vivos muitos políticos que viveram e compartilharam das administrações de Toninho Rebello, como Pedro Narciso, Aristóteles Ruas, José da Conceição Santos, Iran Rego, Deosvaldo Pena, Júlio Gonçalves Pereira, Humberto Souto, Carlos Pimenta, Cláudio Pereira, Augusto Vieira (Bala Doce) e outros. Todos citados foram ou são políticos. Alguns como Júlio e Iran, secretários municipais de Toninho, um na primeira administração, o outro na segunda. Augusto Vieira líder de Toninho na Câmara Municipal. Mas todos, sem exceção, foram testemunhas do que era Toninho e do que foram suas duas administrações. Poderão avaliar (ou não) tudo o que é relatado nesta obra. Quanto ao Toninho homem, ao Toninho família, acredito que os leitores não poderiam estar em melhores mãos do que estando com Ivana Rebello. Ivana é das pessoas mais cultas e mais inteligentes que conheci e conheço. Estou certo de que os leitores irão se extasiar com sua prosa agradável, com suas análises corajosas, com seu texto perfeito. Sei que muito mais do que completar, ela engrandecerá estas memórias. Sinto-me orgulhoso de tê-la ao meu lado, resgatando para Montes Claros e seu povo a história daquele que foi um dos maiores montes-clarenses de todos os tempos, exemplo de administrador, de político e de homem de família. Um outro Juca Prates ( ou mais um) no amor à sua terra. Desejamos, Ivana e eu, que além de resgatar a memória de Toninho Rebello, ela sirva de parâmetro para outros prefeitos. Desejamos que o respeito ao dinheiro público, a organização administrativa, a visão de futuro e o acendrado amor a Montes Claros, marcas registrados de Toninho Rebello, possam orientar os nossos próximos administradores. Para que assim a cidade possa ter prefeitos mais conscientes de que a prefeitura não deve nunca ser acesso ou trampolim para interesses pessoais ou políticos. Mas sim, e unicamente, uma forma, a melhor forma, de dar aos cidadãos que aqui vivem e criam seus filhos uma melhor qualidade de vida. (Extraído do livro ´Toninho Rebello, o Homem e o Político´, de Ivana Rebello e Jorge Silveira, a ser lançado na noite de 25 de fevereiro, no Parque de Exposições, em M. Claros)

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