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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 18 de maio de 2024
 

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Mensagem: Houve tempo em que a Exposição Agropecuária Regional de Montes Claros era aberta por presidentes da República. Lembro-me de pelo menos três - JK, Castelo Branco e Geisel. Parece que outros mais vieram. Quando não vinha o presidente da República, vinha o governador. Depois, nem mais o governador. Aparecia o Ministro da Agricultura, ou o secretário estadual da pasta. Hoje, ao declinar do dia, a Expomontes foi aberta sem presidente, sem governador, com um senador e dois - dois - representantes pessoais do governador, os deputados Tadeuzinho e Guedes, rivais na política local. Os dois se apresentaram enfaticamente como emissários do ausente Pimentel. O governador não teria sido convidado oficialmente, por dificuldades com a classe rural, ao conferir a Medalha da Inconfidência ao líder do MST. O vice-governador, do PMDB, este vindo de ligações com o campo, natural da diamantífera Coromandel, estaria confirmado em lugar de Fernando Pimentel. Alguma coisa aconteceu, porém. Nem o vice apareceu. Teria sido intriga nas franjas palacianas - que decididamente não são franjas de altar, com insinuações de possível, e improvável, hostilidade. Quem não veio perdeu. Poucas vezes o Parque João Ataíde se apresenta tão arrumado, como para esta exposição, em que pese a crise econômica, generalizada e profunda. O campo, tão maltratado, está carregando o País nas costas e a fala inaugural do presidente da Sociedade Rural, Osmany Barbosa, foi realista, elegante, sóbria. Mas um médico roubou a cena. Eduardo Alves do Amorim, nascido em Itabaiana, 52 anos, fez discurso alto, humano, breve, como recentemente não se costuma ouvir de político algum, eles que em certos momentos foram os maiores tribunos da fatigada pátria, e pela voz de quem ouvia-se a nação. Vide Aureliano Cândido de Tavares Bastos e Joaquim Nabuco, no Império, e Ruy Barbosa, Carlos Lacerda e Paulo Brossard, mais recentemente. Foi aplaudido, respeitosamente aplaudido, embora pouco conhecido aqui. Disse, e repetiu, que o pior da crise brasileira não está na economia, em frangalhos, sabemos todos. Reside, habita, na face moral, na ausência dela, no seu estraçalhamento. Foi aplaudido. Vem a ser senador por Sergipe, com ligações familiares no Norte de Minas. Roubou a cena, repito. Supriu a ausência dos que antes, em outros melhores tempos, reverenciavam o Norte de Minas e sua cidade líder. (Brava cidade, nos momentos em que a bravura é o último recurso). Vida que segue.

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