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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 2 de maio de 2024
 

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Mensagem: PIEDADE! PIEDADE! Por que pedir piedade para mim, minha família, minha cidade, meu país, quando toda a humanidade sangra, quando corre o risco de desaparecer do planeta como consequência triste do ódio, do fanatismo, da intolerância, do preconceito e da ganância humana? Estas são as patologias da mente e da alma, que corroem os indivíduos, tornando-os infelizes e levando-os a querer destruir a felicidade dos outros. A humanidade está doente, o planeta também. Alguém disse que o Rio Doce está na UTI, mas a verdade é que todos estamos na UTI. O desaparecimento da humanidade e dos valores que ela construiu no decorrer de tantos séculos, a Arte, a Literatura, a Filosofia, tudo está na iminência de ser extinto se não houver uma mudança de rumos. A lama que corre desde Mariana, que destruiu Bento Rodrigues e toda a vida no Vale do Rio Doce, seus afluentes e entorno, chegando, breve, ao oceano, acabando com toda a biodiversidade, esta mesma lama corre, também, em nossas artérias, em nossas veias, em nossos capilares. É a lama de nossa sordidez, de nossa maldade, de nossa pequenez, da mediocridade, da maledicência, da estupidez, de todos os nossos pecados! Existe, porém, uma luz no fim do túnel! Existe um caminho certo: aquele que o doce e meigo Nazareno nos ensinou há mais de dois mil anos atrás, assim como todos os outros grandes mestres. Esta luz é o Caminho do Amor! Enquanto não entendermos que nós humanos e toda expressão de vida sobre o planeta somos algo único, entrelaçado, a seiva da Vida irá, pouco a pouco, se esgotando, se esvaindo... O lema francês da Liberdade, Igualdade e Fraternidade não pode ser apenas uma utopia ou uma bela expressão de retórica da qual alguns partidos políticos se arvoram em donos. Ela deve se tornar uma realidade em todo o globo. Fora disto não há nenhuma outra esperança! Dizem que não há como falar em Deus neste momento histórico, quando Deus é usado como desculpa para a barbárie, para o ódio, para a “Guerra Santa”, repetindo as velhas Cruzadas. Mas, Deus é a única saída. Não o Deus antropomórfico, mas a Fonte de toda a Vida, o que move todas as partículas do átomo e as une para o milagre da Criação. O Deus que é Amor, no sentido mais exato do termo “agregação”, pois sem esta força motriz que leva à união dos átomos não há vida. Deus que é Energia, energia que se manifesta em Luz, Som, Movimento, Equilíbrio, Harmonia, DNA. Deus que é Vida. Isto está além de qualquer religião. Era nisto que John Lennon pensava quando criou a letra de “Imagine”. Um mundo sem fronteiras, sem religião, pois já seria um mundo pacificado pelo Amor, portanto um mundo onde existiria a plena e verdadeira manifestação de Deus.Não precisamos de fronteiras, de hinos, de bandeiras, de rituais, de dogmas, de discriminação de qualquer ordem. Precisamos unicamente de exercitar o Amor! Isto é viver a própria essência de Deus. Um dia, quando o filósofo Nietsche disse que Deus estava morto, ele quis afirmar que Deus não era mais necessário se a Ciência já podia explicar o fenômeno da Vida. Hoje, porém, quando a Astronomia e a Física Quântica conseguem nos dar uma idéia mais próxima do que é Deus, podemos afirmar que, como nunca, Deus está vivo e precisamos d’Ele, pois é a única força motriz criadora dos universos. Ele é o Amor! Ontem, pude assistir a uma entrevista de um escritor francês, cujo nome me foge neste momento, que dizia não acreditar em Deus, mas que tendia a fazê-lo quando, estudando Astronomia, percebia a perfeita ordem do Universo. Não foi à toa que um pianista inspirado, no meio do horror, que se instalou na Cidade-Luz, representante dos mais caros valores do mundo ocidental, levou o seu piano para praça pública e tocou, com extrema sensibilidade, a música “Imagine”. Ali estava o grito de esperança, de saída para o mundo caduco, louco e agonizante: a alvorada de um novo mundo onde o estandarte do Amor haverá de tremular para todo o sempre. Aquele era o sinal de Deus para o Renascimento de uma nova Humanidade. Maria Luiza Silveira Teles (membro da Academia Montesclarense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros)

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