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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 19 de abril de 2024
 

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Mensagem: Risco nuclear: nem um pio Manoel Hygino - Jornal Hoje em Dia Depois das trágicas consequências dos desastres nas usinas nucleares de Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, considerado o pior acidente da história, e de Fukushima, o mais recente, em março de 2011, no Japão, pensava-se que o Brasil repensaria a construção de unidades do gênero no país. Já temos a Angra I, a Angra II e Angra III, instaladas no litoral do estado do Rio de Janeiro. São registros bastante conhecidos, pois amplamente divulgados pela imprensa de todo o mundo e criticados por autoridades de várias áreas, inclusive científicas e políticas. É sabido que a produção de energia pode ser alcançada por outros meios menos perigosos para as pessoas e nações, para o próprio futuro da humanidade. Os países desenvolvidos estão mudando seus planos de geração energética e caminhando para outras soluções, inclusive desativando algumas usinas. No entanto, nosso jornal publicou, em 19 de janeiro, a notícia de que o governo brasileiro tem estudos para viabilizar, em quinze anos, usinas no Norte de Minas, entre Pirapora e São Romão. Não se trata de apenas uma, “às margens mineiras do Rio São Francisco” até 2030. Isto é: daqui a pouco, porque o tempo é célere e não para. Das quatro programadas, com mil megawatts cada, seremos “contemplados” pela Eletronuclear com duas, definição que sairá ainda neste nosso bissexto 2016. A água do Rio de São Francisco resfriaria os geradores atômicos e seria despejada de volta à corrente. Não será difícil talvez compreender a razão de tão alta deferência. Recebemos a distinção em silêncio, sem uma palavra de contrariedade ou um grito de repúdio das autoridades norte – mineiras, representantes de um povo tão altivo e bravo. Pelo menos desconhecemos qualquer reação, mas ninguém ignora que os acidentes nucleares constituem elevadíssimo perigo. É alto o risco de contaminação para as pessoas, porém, como acontece com o solo e a água. Quanto aos seres vivos, em primeiro lugar o homem, eles podem morrer ou desenvolver câncer de diversos tipos. No meio ambiente, exigem-se até centenas de anos para descontaminação da área afetada e imediações. A grande quantidade de lixo nuclear requer altos investimentos e processos de segurança para armazenagem. Oportuno enfatizar que o lixo atômico não pode ser descartado na natureza, mas sim tratado e armazenado sob rígidos padrões. As pessoas que vivem nas proximidades das centrais nucleares convivem diariamente com o medo de acidente, como em Chernobyl e Fukushima. Apesar de tudo, no caso específico, nem uma só voz se ergueu em defesa do Norte de Minas, em hora de tão grave decisão. Ficamos mudos!? É curioso como apenas se lembra daquele grande território do Brasil para projetos arriscados e danosos, como as penitenciárias, mas não se cuida de investimentos para melhor aproveitamento de riquezas regionais, inclusive no que tange ao turismo e atividades agropecuárias. Ali a terra é fértil e bela, laborioso o povo, sobretudo evocado nos períodos eleitorais.

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