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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 18 de abril de 2024
 

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Mensagem: O MAU CHEIRO QUE PERTURBA: - Vem da ETE ou das Indústrias? Ou dos dois? Como cidadão montesclarense, conselheiro de vários corpos consultivos e coletivos não poderia deixar de externar os meus conhecimentos acerca da ETE de Montes Claros no qual foi referida no final de Março por dois muralistas deste conceituado sitio montesclaros.com Claro, a minha ligação com o saneamento básico é intrinsecamente à Copasa e nos Comitês de Bacias Hidrográficas. Isso, não poderei negar. Mas, tudo que escrevo e, como escrevo, muitas vezes, os “ambientalistas das ONG$” de plantões gostam de palpitar; porém, sem conhecimento. É o meu estilo de defender minhas teses e criticar aquilo que devo. Nestes casos, sou Arauto. Mas, não vou fazer nenhuma critica. Irei somente esclarecer alguns casos inerentes ao mau cheiro que perturba os bairros adjacentes ao Distrito Industrial e a ETE de Montes Claros. Para inicio. - Em 2002, ocasião que a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios – PNAD, já indicava que Montes Claros já contava com 95% de Rede Coletora de Esgoto – 3,8% de Fossas Sépticas e Negras, o outro 1,2% eram esgoto lançados em vias públicas. Como nos casos das Vilas Castelo Branco; Tancredo Neves; Joaquim Costa e Prodecor que era vulgarmente conhecida de “Coberta suja”, onde crianças, suínos e cães lambuzavam em vias públicas. Na época 100% do esgoto não era tratado, até mesmo as indústrias aproveitavam da situação Começaram os levantamentos para a construção da ETE principal e mais três pequenas ETEs, estas, houve alteração no projeto; mudou para elevatórias. Na ocasião trabalhei nos levantamentos de áreas e nos estudos de autodepuração Rio Vieira e do Rio Verde Grande. Não me lembro muito bem, mas era uma exigência do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento – BIRD ligado ao Banco Mundial que iria financiar as obras. Em 2004 para 2007 começaram a elaboração dos projetos, foram apresentados algumas alternativas, entre elas: (1) Reatores Anaeróbios de Fluxos Ascendentes e manta de Lodo (UASB), seguidos de lagoa aeradas facultativas. (2) - invés das lagoas, filtros biológicos percoladores e decantadores secundários. A opção escolhida foi: Reatores Anaeróbios de Fluxos Ascendentes e manta de Lodo (UASB), filtros biológicos percoladores e decantadores secundários (um sistema mais compacto, com baixa demanda de área). Diante do projeto a contra partida da Prefeitura era a escolha e desapropriação e custeamento da área, ela (a prefeitura) e a Copasa entraram no consenso. Como foram aquisição e o pagamento da área? - Não sei! Portanto, a localização da ETE, que na época era uma área rural foi uma opção do município. Alguns vereadores foram à Copasa (BH) para rever a localização - pelo visto, não houve acordo. Além da ETE, o projeto contemplava os interceptores do Córrego Pai João; - Bicame (Bicano); Cintra e Vargem Grande; e obras complementares de esgotamento sanitário. Também houve muitas discussões, palestras e negociações com moradores das margens dos córregos. Mas, foram concluídas. Falta urbanização e asfalto nas vias, que de obrigação da Prefeitura conforme os acordos feitos nas reuniões que participei. De 2007 a 2009 foi o período das Licenças Prévia (LP) e de Instalação (LI) e execução das obras. Em 09 de Fevereiro 2010 foi inaugurada tratando 500 l/seg. Em 2014 a Copasa entrou com o projeto de ampliação da ETE na SUPRAM, e só agora (2016) a prefeitura deu anuência para tal. Para o final de Plano em 2030. Está previsto a construção de outras unidades, totalizando 16 reatores com capacidade para 1200 litros por segundo- atenderá uma população contribuinte de 800 mil habitantes. Com relação os atuais odores insuportáveis. Cabe a Secretaria do Meio Ambiente e Codema fiscalizarem e investigar a origem. Como já foi noticiado, há sim descargas dos laticínios (indústrias) nos córregos que cortam a cidade. O odor da ETE tem sua característica bem diferente do laticínio. Para entender a ETE no caso da chuva não há inversão térmica nos reatores, e sim, inversão de camadas de lodos, e o gás liberado vai para o gasômetro e queimado. Em todas ETEs do mundo a maior liberação do gás do composto fétido acontece no tratamento primário (na chegada) devido à concentração dos resíduos putrescíveis e a turbulência do fluxo do esgoto. Os compostos no liquido em condições ácidas libera o sulfeto e amônia, um cheiro desagradável. Mas, na ETE de Montes claros no tratamento primário, estes gases são inibidos ( abrandados ) diariamente com CAL. Infelizmente – na minha concepção – ETEs não liberam gases satisfatórios em horários de picos, quando aumenta a turbulência. Mas com ampliação da ETE de Montes Claros creio que tudo poderá melhorar. Não estou aqui fazendo uma defesa a Copasa, não tenho esta anuência, mas, tudo tem que ser investigado, principalmente os lançamentos clandestinos. Concluindo: a localização da ETE não dependeu unicamente da Copasa, quem bem sabem são os Prefeitos e secretários de 2003 a 2010. Para melhor esclarecimento, leiam as atas da LO; LI e LO disponíveis na SUPRAM. OBS: O artigo não se trata de uma NOTA da Copasa, mas, de um cidadão inserido na questão. . (*) José Ponciano Neto é Conselheiro no COPAM-NM - Técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos - membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros - Membro da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental – ABES e Conselheiro nos Comitês de bacias Hidrográficas SF06 e JQ1.

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