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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 2 de maio de 2024
 

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Mensagem: A opinião pública apática Hoje em Dia - Manoel Hygino Por mais que se queira ou se quisesse, não se poderia deixar de focalizar os acontecimentos que marcam o grave período político que atravessamos. A hora não admite omissão e, para salvar o que de bom e exemplar sobrou do caos, tem a nação de unir-se em defesa da nobreza e da dignidade na ação política. Não se há de permitir que os vendilhões do templo, os desonestos, os larápios aproveitadores de oportunidades se sirvam das benesses e facilidades que a administração da coisa pública facilita. É hora e vez de os brasileiros se unirem em torno de seus ideias e de princípios para gerir. Enfim, tempos uma república, res publica. Em seu “Refletindo o Direito e a Justiça”, o desembargador Rogério Medeiros Garcia de Lima (nascido em São João del-Rei e ex-juiz de Direito da Comarca de Montes Claros) focaliza os problemas que enfrentamos hoje e que, em alguns casos, apenas dão continuação ao que vem de outras eras, mas deveria ter sido extirpado dos costumes. Para o magistrado, no Brasil existem “duas éticas”: uma para a população, outra para a elite. A primeira austera e a segunda, condescendente. Rogério Medeiros observa: “Qualquer país – ressalve-se – convive com a corrupção. Sendo impossível erradicá-la, pode-se contê-la em limites razoáveis. Tal contenção, evidentemente, não vem ocorrendo em nosso país”. Acrescenta: “O fenômeno não é exclusivamente nacional. Ocorre em outros países, sobretudo nos subdesenvolvidos. Entre nós, como em toda a América Latina, mesclam-se caudilhismo e corrupção. Escrevia Jacques Lambert: “Se está encerrada a era do caudilhismo, pelo menos na maior parte da América Latina, os hábitos adquiridos deixaram traços duradouros na vida política de países que durante tanto tempo ele dominou”. “Pode-se pensar, por exemplo, que a longa persistência do caciquismo tornou mais difícil o desaparecimento de um estado de espírito - de que, certa ou erradamente, todos se queixam na América Latina – que levaria muitos homens públicos a considerar normal o enriquecimento dos que detêm o poder”. A pergunta que faço: será este o estigma da hora que atravessamos? A sucessão de escândalos, de denúncias, as delações de gravações com acusações a “ilustres” homens da res publica se não surpreendem, nos deixam estarrecidos. Embora, como comenta Medeiros, “Alvissareiramente se espraiam candentes clamores por ética na vida pública, em todos os níveis federativos. As lutas contra as transgressões da moralidade administrativa ocupam grande parte das notícias dos meios de comunicação social. Aviventam, diariamente, os valores morais, os quais vão sendo paulatinamente incorporados às ordens jurídicas de vanguarda”. O papel das atuais gerações tem, portanto, relevância muito especial. Chegaram a hora e minuto de se esforçarem para que os cidadãos, por todos os meios, virem a tenebrosa página da história. Os sendeiros estão abertos e cabe à sociedade agir decisivamente. Temos de remover o que impede de se atuar em benefício da nação e de cada cidadão. Se Bilac Pinto condenou um passado que ainda é presente, expresso em apenas duas linhas, temos de riscá-los definitivamente de nossas práticas: “o que torna mais grave esse fenômeno – da corrupção política e administrativa - , que ocorre em todos os níveis do governo, é a apatia da opinião pública diante dele”.

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