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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 26 de abril de 2024
 

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Mensagem: Um olhar de criança Manoel Hygino - Hoje em Dia (09/01/17) O papa Francisco exarou mensagem sobre a Cúria que pareceria visando também, e muito especialmente, à sociedade política, inclusive a brasileira. Ele alertou sobre a existência de “resistências malévolas” contrárias à reforma da corte pontifícia. Foi peremptório: “a reforma não tem finalidade estética” e não pode ser entendida como “uma espécie de avivamento, maquiagem ou truque para embelezar o corpo curial, nem mesmo como uma operação de cirurgia plástica para tirar as rugas”. O papa reconheceu determinadas resistências à reforma: “as resistências abertas, que nascem muitas vezes da boa vontade e do diálogo sincero; as resistências ocultas, que nascem dos corações assustados ou empedernidos que se alimentam das palavras vazias da hipocrisia espiritual e as resistências malévolas, que germinam em mentes doentes e aparecem quando o diabo inspira más intenções (muitas vezes disfarçadas sob pele de cordeiros)”. “Não são as rugas que se devem temer na Igreja, mas as manchas!”, asseverou. Destacou que, para fazer a reforma, não basta “mudar o pessoal, mas é preciso levar os membros da Cúria a renovar-se espiritual, humana e profissionalmente”. Assim, pelas palavras do pontífice, constatam-se as dificuldades que também ele enfrenta, não só com o seu rebanho em todos os continentes, pois latente na própria sede da Igreja Romana. Sem embargo, por força de seu dever de líder, de chefe de Estado, por suas firmes convicções, Francisco olha para fora e apela ao bom senso e solidário espírito de todos os de boa vontade, como há mais de dois mil anos se apregoou. Seu insistente apelo à paz, em todos os recantos da terra (e não só no mundo cristão), de todas as regiões e confissões, deveria ser ouvido (mais ainda, nesta hora de transição no calendário). Sua voz precisaria sobrepor-se aos interesses econômicos, religiosos e territoriais. Será tão difícil sentir o que continua acontecendo? O jornalista Paulo Narciso, coração aberto ao bem, à grandeza da profissão de fé, diante da foto de uma criança vítima do conflito sírio, estampada pela mídia, escreveu e eu acho útil transcrever: “Olhar ensanguentado de um menino de 5 anos, olhar mudo, imóvel, patético e olhar de cabeça inclinada, percorre o mundo. É intérprete do horror da guerra, ainda mais na Síria, uma das civilizações mais antigas. Omran Daqneesh foi atingido, com a família, por bombardeio aéreo. Sentado na parte traseira de ambulância, coberto de poeira, rosto ferido, a dor contida, o olhar, de cabeça baixa, envia aos homens – de todas as partes e épocas – muita repreensão, comovente e larga. Revendo muitas vezes o rosto hirto, as mãozinhas sobre as pernas, ingressa-se na brutalidade de que é vítima pungente, e não única, entre crianças. A imagem foi exibida pelo Aleppo Media Center (AMC), grupo ativista contrário ao governo de Damasco. Poucas cenas, como esta, conseguiram transmitir à humanidade atemporal a notícia da fúria de que são capazes os homens e suas ideologias. O olhar de uma criança de 5 anos, alcançada pela guerra, envergonha o mundo. Mas, não contém os homens, nem a guerra. (Seu irmão, Ali, morreu vítima do mesmo bombardeio)”.

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