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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 20 de abril de 2024
 

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Mensagem: 06/02/17 - 10h07 - 87 anos, hoje, do célebre 6 de Fevereiro em M. Claros: ´Naquele momento — eram precisamente 23 horas — partiu da casa do referido chefe político a primeira descarga de armas de fogo, enquanto as aclamações cessavam e via-se o dr. João Alves entrar em sua residência, gritando: -Não atirem! Não atirem! Há mulheres, há crianças... ´ O tempo é o senhor dos homens. Vencidos os primeiros 87 anos do episódio que pôs Montes Claros nas manchetes nacionais por semanas, pouca gente se lembra do que aconteceu. Pouquíssimos sabem onde fica o local da fuzilaria: exatamente onde dormita o Automóvel Clube de Montes Claros. De lá, partiram os tiros - e saber quem tinha razão na refrega sangrenta é o que menos importa. O trem com o vice-presidente da República tornou, de ré, a Belo Horizonte, tamanhas a emergência e a aflição daquela noite quente. Um enviado da República - que depois seria presidente do Supremo Tribunal Federal - foi despachado para M. Claros, à frente de tropas federais. Dona Tiburtina, esposa do médico Dr. João Alves, benemérito de Montes Claros na terrível eclosão da gripe espanhola, dona Tiburtina virou personagem nacional e lenda, muita lenda, que prossegue até hoje. Serenada, pacificada, M. Claros ainda viu um descendente do Dr. João Alves protagonizar episódio de repercussão nacional, como foi, por vezes, a marca dos seus filhos. Em 1968, o deputado Márcio Moreira Alves, na Câmara Federal, fez um discurso considerado ofensivo às Forças Armadas. Foi a senha e o estopim para que desabasse o Ato Institucional 5, o marco definitivo da última - e não última - ditadura. Assim vamos, de cambulhada. Ó Montes Claros, capaz de gestos de imensa ternura - como as músicas Amo-te Muito e Eterna Lembrança, sem falar das ternas Canções de Coroação (´Vimos em nome do Dia, da Noite, dos Passarinhos/ da relva, dos ninhos, das Águas Claras da Fonte...´), mas disposta a recorrer às armas. Há, sim, uma Montes Claros profunda, adormecida, nunca morta. E que, ao ressurgir, no rebroto, trará de volta os seus melhores sentimentos, sem esquecer as lições e as muitas dores do passado.

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