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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 17 de maio de 2024
 

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Mensagem: Além da esfera financeira Manoel Hygino / 02/05/2017 - 06h00 Incontestavelmente, nosso país atravessa um dos períodos mais difíceis de sua história. Os responsáveis pelos destinos nacionais, pela condução do barco no mar encapelado, não encontram os imprescindíveis meios para levá-lo ao bom porto. A situação econômica não é grave, porque já se fez gravíssima, e Meireles faz propostas, defendidas pelo presidente, para amenizar a situação. Encontra, porém, uma oposição severa. O brasileiro não gosta de aperturas, não é capaz de suportar a adversidade, como a enfrentam povos de outras nações. Continua vendo só bondade na afirmação de Pero Vaz de Caminha, de que aqui, em se plantando, tudo se dará. Mas não apreciamos muito o difícil plantar para colher frutos lá à frente. Talvez influência do clima, que convida à preguiça. A ninguém escapa a dura hora que vivemos, em que faltam alimentos à mesa e remédios nos hospitais públicos. Reclama-se, procura-se culpados e protesta-se contra os altos níveis dos impostos, só pagos porque são impostos. Não se abre mão das coisas que nos deleitam, ignorando-se que o consumido no prazer nos faltará em casa. O mundo inteirinho conhece nossas deficiências e enormes dificuldades, embora a colheita de grãos atenue drama em nossa balança comercial e responde a Saint-Hilaire, ao afirmar que ou o Brasil acabava com a saúva, poderosa, ou a saúva com o Brasil. A nossa agricultura demonstra pujança, a despeito da inclemência do tempo e da penosa empreitada em que se transformou o transporte de safras por estradas horríveis. Aliás, a televisão tem mostrado a odisseia das carretas e caminhões para levar a bela produção aos portos, mesmo ao consumidor interno. Não escapa ao escriba a notícia, requentada, da manifestação de Francisco, o pontífice romano, sobre o convite que lhe foi feito pelo presidente Michel Temer para voltar ao país para conhecer de perto a situação da população carente. A correspondência respondia à mensagem que lhe enviaria para as celebrações aqui dos 300 anos da aparição de Nossa Senhora Aparecida, neste 2017. Argentino, torcedor do San Lorenzo, o papa, como de costume, não enrolou, nem tergiversou. Foi logo avisando: “Sei bem que a crise que o país enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo”. Tem plena razão o sucessor de Pedro. Nós é que temos de dar solução aos nossos problemas, em sua maioria criados ou praticados por nossos administradores nestes oito milhões e 500 mil quilômetros quadrados de território. Não significa dizer que o papa ignorou ou vai ignorar o nosso grande desafio, justamente ele que tanto se preocupa com a situação que se atravessa. Mas, não se vê em condições de propor caminhos: “Não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis, as superficiais, para uma crise que vai muito além da esfera meramente financeira”. Da Praça de São Pedro, Francisco define: “crise que vai muito além da esfera meramente financeira”.

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