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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 28 de março de 2024
 

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Mensagem: Soube agora, e a notícia doeu. Está morta a jabuticabeira que assistiu a infância do menino Juscelino Kubitscheck. Sempre que pude, em Diamantina, peregrinava à jabuticabeira, localizada na casa singela no alto da rua íngrime, ladeira que partia da formosa Igreja de S. Francisco de Assis e ia cessar na casa da professora Júlia, mãe de JK. Igreja de S. Francisco, templo que por sua vez guarda no anonimato os despojos e a lenda de Chica da Silva. Quem me trouxe a notícia a trouxe com cautela, pois bem sabe quanto diálogo houve entre o menino que morava lá e jabuticabeira, e quanto reminiscência ali resiste . Amigos desde sempre, sem segredos aos visitantes dispostos a ver, e ouvir, além das aparências, muito além dos sentidos. Quando o menino tornou-se adulto, e virou presidente da República, a jabuticabeira o esperou, serena. E o consolou nos dias dolorosos do exílio, que apropriadamente chamamos de desterro. O homem morreu, e ela resistiu. Serena, sempre. Dela, muito ouvi do menino que se dependurou nos seus galhos. Se morre, depois de tanto tempo, tem seus motivos. Lá, naquela casinha branca de portas azuis, certa vez, pude ler e reverenciar: foi Lúcio Benquerer, o nosso bom Lúcio de Grão Mogol, do Presépio Mãos de Deus, que se cotizou para preservar a casa e a jabuticabeira. Ainda que desapareça a Jabuticabeira, sua sombra amiga velará pelo Brasil, em hora tão amarga.

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