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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 18 de abril de 2024
 

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Mensagem: Nas pegadas de Olinto Meireles Manoel Hygino Jornalista Mário Fontana referiu-se à exposição no Museu Abílio Barreto sobre prefeitos da capital que foram médicos. Observou, todavia, que se esqueceu Olynto Deodato dos Reis Meirelles, chefe do Executivo belo-horizontino, de 1910 a 1914. Vivia-se o período heroico de construção da nova sede do governo mineiro e o prazo estabelecido por lei era de quatro anos para a transferência. Organizada a Comissão Construtora, tinha-se de desdobrar para que o cronograma fosse obedecido. Um relatório da época observava: “a aglomeração de semelhante população, que não prima pelo amor à higiene, o acúmulo de detritos orgânicos e os resíduos de toda ordem, o solo largamente revolvido”... Eram ameaças à saúde. Nesse campo minado, poucos médicos cuidavam como podiam. Em 1908, irrompeu grave epidemia de varíola. No esforço, Joaquim Aureliano Sepúlveda, delegado de higiene de Sabará, se exauriu para debelar o surto. Custou-lhe o sacrifício. Faleceu, em 23 de agosto de 1910. Quando a doença parecia impedir a construção, Olinto Meireles (vamos facilitar a grafia) já aqui estava e ajudou no combate à epidemia. Como conta Pedro Salles, (colega de Juscelino e de Pedro Nava na Faculdade de Medicina, fundada em 1911), Meireles era de Baependi, nascido em 1864, e formado pela Faculdade do Rio de Janeiro, em 1891. Sua atuação foi considerada altamente profícua. E, nesta hora em que o provedor da Santa Casa, Saulo Coelho, propõe a implantação de um instituto para formação de médicos, lembraria que Meireles foi um dos fundadores da benemérita instituição assistencial, em 1899. Também se tornou o primeiro presidente da Sociedade de Medicina, Cirurgia e Farmácia, membro do Conselho Deliberativo (o que hoje constitui a Câmara dos Vereadores), sendo escolhido pelo governador Bueno Brandão prefeito da metrópole nascente. Salles diz: “desenvolveu então uma administração das mais dinâmicas, providenciando o calçamento de extensa área, afastando de Belo Horizonte o apelido de ‘Poeirópolis’, muito do gosto dos inimigos da nova cidade”. Mereceu-lhe especial atenção o Parque Municipal, transformado em apreciável logradouro público. O desembargador Jarbas Vidal Gomes, ex-provedor da SCMBH, conta que, terminada a remodelação do parque, sobrou a importância de um conto de reis. O prefeito mandou um funcionário ao Rio, para adquirir pássaros e soltá-los no logradouro. Entre eles, veio um casal de pardais. Tempos após, subindo a avenida Amazonas, desgostou-se o chefe do Executivo: viu que as palmeiras estavam cheias dos incômodos cornirostros, começando a invasão pelos anos seguintes. Sua participação na fundação e funcionamento da Faculdade de Medicina, de que seria professor de Farmacologia e Terapêutica, recebeu referência abonadora de Cícero Ferreira, um ícone: “graças à boa vontade de nosso distinto colega, o sr. Olinto Meireles, que atualmente exerce as funções de prefeito da Capital, recebeu a Faculdade de Medicina o terreno necessário para o levantamento do edifício, no valor de 15 contos de reis, descontados da verba de 25 contos votada pelo Conselho Deliberativo, como auxílio à nova instituição”. Agora é aguardar a nova faculdade, sob inspiração de Olinto Meireles e Cícero Ferreira. *** Manoel Hygino, dois anos sem Leopoldo - Confrade na AML e na ANE, Danilo Gomes, de Brasília após servir à Imprensa do Catete, comenta notícia sobre nosso amigo que partiu: “Deus dê bom lugar ao João Leopoldo, neto de D. Tiburtina, a Matriarca, canto da Ave Maria, de Gounod e das serestas com amigos nos velhos tempos de Montes Claros. Danilo Gomes, gaveteiro velho e pecador antigo”.

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