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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 4 de maio de 2024
 

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Mensagem: Automóvel Clube e Praça de Esportes - um passado brilhante X um triste final José Ponciano Neto Há poucos anos pretéritos, um Prefeito matutou vender parte da área da Praça de Esportes alegando que o custo da sua manutenção era incompatível com a sua proficuidade. - Foi o estopim. Diziam que a ideia era uma verdadeira maluquice. Nisso a rejeição à ideia tornou-se viral. Nas redes sociais, uns diziam que a Praça era um patrimônio histórico, outros, que a ideia era para acabar com o lazer dos peladeiros e filhos dos funcionários públicos ligados a prefeitura. Finalmente a ideia não foi à frente. Deu no que deu! A Praça de Esportes hoje praticamente abandonada – sujeira por todo lado – o alambrado arremedado com tela de galinheiro – grupos de adolescentes, “num entra e sai” para fumar o cigarrinho do capeta (sem serem perturbados). Moro perto da Praça, daí... Posso dizer isso. Vamos ao Automóvel Clube. Este memorável clube, e (ex) único clube social da cidade, de onde resulta em um ambiente de boa convivência e de ótimas lembranças estar fadado a desaparecer do cenário social. Construído há muito tempo. Fruto da engenharia e das necessidades daquele tempo, praticamente para ser o único, pois, o Clube Montes Claros já findava suas funções, hoje as necessidades são outras. Quando foi construído, suas portas, janelas e os balaústres da fachada foram feitos na Serralharia Mendonça e na Serralheria Ponciano, hoje é diferente, usam muitos vitrais temperados e alumínios. As instalações do clube têm outras funcionalidades - as ofertas dos espaços não atendem maiores festas, porém, podem ter outras atribuições. Hoje, a gente está em outro século. Século XXI. O povo montesclarense é imbuído de um espírito social e esportivo de níveis quase inigualáveis. Aqui não tem idade para ir atrás de novidades, a maioria das festas sociais e a prática da natação está ocorrendo em outros clubes, espaços sociais e nos buffets. O clube foi perdendo paulatinamente seus frequentadores. Antigamente a Classe Rural era o sustentáculo do Automóvel Clube, creio que era 80% dos sócios; entre os restantes, a minha família – meu pai e tios. Inclusive sócios fundadores. Quando construíram o Clube dos fazendeiros no Parque de Exposição, começava ali a decadência do Automóvel Clube, a migração dos sócios foi ampla. Logo a modernização do Max-Mim, o surgimento de mais espaços de festas e por ultimo o espaço moderno da Sociedade Rural para abrigar as reuniões e encontros políticos e empresariais, além de contar com amplos estacionamentos, que é o gargalho da cercania do Automóvel Clube. Lembro-me do cobrador Tony Flamenguista que mensalmente deslocava até nossa oficina (ferraria-tornearia e serralheria) para fazer as cobranças das mensalidades. A nossa freqüência na piscina do clube era limitada pelo fato da nossa lida; mas, as festas memoráveis estão vivas nas nossas lembranças. Sem duvidas que as festas do Theodomiro Paulino; Magnus Medeiros e do Lazinho Pimenta foram fundamentais para a sociedade e para sobrevivência do clube. - As festas de Debutantes e Uma Noite na Bahia foram as que mais me marcaram; meninas lindas faziam a nossa turma de púberes sonhar. Voltando a realidade. O clube de hoje, apenas com 70 sócios, dificilmente irá sobreviver. O saudosismo – como foi com a Praça de Esportes – não irá salvar o clube – um clube vive dos cotistas, a estrutura do clube demanda gastos constantes e não são as 70 mensalidades que irão suprir o dispêndio. O clube não vivencia mais o glamour nem o tradicional burburinho social de Montes Claros como era no passado com os carnavais. Até as exigências do Black-tie para frequentar as festas sociais acabaram, e quando exigidas, não são cumprida. A atual diretoria está certa. Antes de virar uma imensa “Bola de Neve” que pode superar o valor do clube. É vender! A diretoria do clube é séria, destaco a garra e a perseverança da Dona Rosarinha Malveira que, por muitos e muitos anos trabalha na secretaria do clube, o competente Said Schiller que fez e vem fazendo um trabalho invejável para manter o clube; porém, não têm mais aquele apoio de antigamente, a cidade vem crescendo e os organizadores das festas de casamentos; festas de quinze anos e reuniões estão dando preferência a outros espaços. Imagino que não há outra saída a não ser a decisão tomada pela diretoria; vamos esquecer o saudosismo. A Casa do Baile na Pampulha acabou. O Automóvel Clube de Belo Horizonte sobrevive exclusivamente para sediar encontros políticos, jantares de clubes de serviços e eventos particulares. O Automóvel Clube do Rio de Janeiro, fundado em 1907 pelo Alberto Santos Dumont, hoje luta na justiça para recuperar sua sede. “Perdeu por dividas”. Acabou...acabou!!! Tenho certeza! Se o “nosso” Automóvel Clube pensasse e falasse, proferiria a seguinte frase: - “Me deixe morrer em paz!” (*) José Ponciano Neto é da prole de Ex-sócio e Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros

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