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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 25 de abril de 2024
 

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Mensagem: Teoria da Recepção Petrônio Braz Sempre costumo dizer que são as ideias que conduzem o mundo, mas não é esse o pensamento de Fernando Pessoa. Ele afirmou que “as sociedades são conduzidas por agitadores de sentimentos, não por agitadores de ideias. Nenhum filósofo fez caminho senão porque serviu, em todo ou em parte, uma religião, uma política ou outro qualquer modo social do sentimento”. Todavia, no aristotelismo, o princípio que faz com que alguma coisa se torne aquilo que é, determinando sua constituição e suas características essenciais é a ideia. É a ideia que provoca o sentimento. O sentimento é sensibilidade, disposição para se comover. Pelo correio recebi o livro “Cidade do Bonfim” de autoria do desembargador Lúcio Urbano Silva Martins, consócio do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, em edição de luxo, em papel “couchet” brilhante, que retrata as famílias e as pessoas ilustres da Cidade do Bonfim. Um livro para guardar e pesquisar, quando necessário. Com o livro, veio uma carta que me sensibilizou, que feriu o sistema límbico de meu cérebro, onde os sentimentos são processados: “Prezado Dr. Petrônio Braz. Com prazer, li “Serrano de Pilão Arcado”, que muito me agradou. Já o conhecia pelo seu “Direito Municipal na Constituição”. Mando-lhe “Cidade do Bonfim”, de minha autoria, que conta a história da cidade, “célula mater” do “Mérito Paraopeba”, fundada pelo Bandeirante Manoel Teixeira Sobreira, em 1675. Note que se cuida de lugar que conta com filhos ilustríssimos. É incrível que cidade do porte de Bonfim tenha tantos filhos notáveis, biografias no livro. Cordialmente Lúcio Urbano Silva Martins”. A sensibilidade não adveio, necessariamente, dos termos da carta, mas da certeza de que o livro “Serrano de Pilão Arcado” está circulando pelos pináculos mais elevados da cultura brasileira. Reginauro Silva dá testemunho de que “sem dúvidas, um dos maiores prazeres da escrita é o retorno, a correspondência, a interação com os leitores”. Para que uma obra literária tenha receptividade é necessário que haja uma ação recíproca entre o autor e o receptor da mesma obra (leitor). Quando nos interagimos com um leitor, completamos a relação autor-obra-leitor. O leitor é o mais importante elo da conexão dos três elementos dessa relação. Observa Marly Gondim Cavalcanti Souza, em tese de doutorado, que “a obra de arte possui múltiplas faces, resultantes da complexidade de campos que se interligam, tanto no momento de sua criação como naquele em que dela se desfruta”. Objetivando analisar o comportamento do leitor diante de uma obra de arte literária, criou-se a Teoria da Recepção, tendo por objetivo a defesa da soberania do leitor na análise crítica da obra literária. A Teoria da Recepção é um conjunto de regras de análise do fato artístico ou cultural em face do receptor. Nasceu com o trabalho de Hans Robert Jauss, na Alemanha, nos anos sessenta do Século passado, e se desenvolveu nas décadas seguintes.

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