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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 23 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Agora sem renúncia Manoel Hygino Consulto os meus alfarrábios. Em 29 de agosto último, completou-se um ano da visita do Papa Francisco ao túmulo do primeiro pontífice renunciou ao cargo. Eis uma longa história. O sucessor argentino, em 2022, elogiou a humildade de líderes que se afastam voluntariamente, abrindo mão de honroso governo por toda a vida. A declaração surgiu em meio a especulações de que ele poderia deixar a função em breve, algo que o próprio Francisco cogitaria ao comentar seus problemas de saúde, que reaparecem periodicamente, não se esquecendo de que ele recentemente se submeteu a delicada e extensa cirurgia. No ano passado, o Papa Francisco aproveitou a manhã para uma chegada a L`Aquila, cidade no centro da Itália, em que o Papa Celestino, o primeiro renunciante, está sepultado. Aconteceu em 1294, uma época de profundas divergências na direção do estado. Foi um imbróglio de todo tamanho, de modo que Celestino, embora com somente cinco meses à frente do Vaticano, achou melhor afastar-se. A decisão desencadeou profundas e novas divergências, mas o desafio foi vencido. Transcorridos séculos, o Papa Bento XVI resolveu homenagear Celestino e dar uma demonstração de que o pior havia passado. Em 2009, o pontífice do século XXI, foi L’Aquila homenagear seu antigo antecessor, coincidindo sua viagem com a posse de vinte novos cardeais um dia antes. Parecia ser uma advertência sobre a responsabilidade dos que assumiriam. Já naquele instante, admitia-se que Bento XVI também renunciaria, o que efetivamente ocorreu quatro anos depois, dando razão aos que divulgavam a informação. De Francisco também muito se tem propalado, mas ele resiste até agora, quando empreende viagens à vários países, como a apagar a ideia, reafirmada pela nomeação de novos cardeais em número expressivo. Na primeira vez, Francisco, rodeado por cinco cardeais, enalteceu Bento XVI, sua “sabedoria, delicadeza e entrega nas mãos do Pai. Mãos de perdão e compaixão, de cura e misericórdia, mãos de unção e de benção”. É oportuna a referência de Francisco nestes 2023, por ser pontífice reverenciado por milhões de pessoas, o maior coletivo isolado que o mundo já conheceu, um Papa como líder espiritual. E não resisti repetiu o pensamento de renúncia.

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