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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 23 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Agradeço profundamente ao meu amigo e “primo” Christiano Jilvan, mensagem N°87015 , que, por conta, me elogiou acerca da matéria sobre o transbordamento da barragem de Juramento que há 11 anos não atingia sua cota máxima. - Como é sabido, trabalhei por 40 anos naquele manancial. Com relação a dissertação do jovem Willer Fagundes de Oliveira – que foi orientado pelo professor Dr. Marcos Esdras Leite, especialista em geociências, confesso que me lembro da ocasião que o relatório estava sendo elaborado. Inclusive o Engº Rafael Sá (ex Igam) também fez um trabalho semelhante. A ocupação do solo era acompanha pelas imagens compradas na NASA que eram obtidas pelo Landsat 5 e depois - se não me engano - pelo Landsat 07. Com relação as descargas sólidas (sedimentos) transportadas pelos rios e/ou córregos à montante da barragem – por um período muito longo trabalhei com a coleta de sólidos para chegar a estimativa da Descarga Sólida e Granulometria do Sedimento de fundo dos rios contribuintes: Canoas (lambari) – Saracura e Juramento, comparando com a medição das descargas líquidas (vazão). Face destes estudos foram determinadas as curvas-chave de descargas de sedimentos em suspensão na bacia hidrográfica da Barragem de Juramento no período chuvoso e seco. Em suma, todo sedimento foi medido acompanhando a evolução antrópica! Batimetria: Há pouco tempo foram feitas duas batimetrias – a primeira, ficamos em dúvida devido a nossa astúcia de que, o operador da empresa contratada não era muito experiente, assim o seu ecobatímetro meio arcaico - não dava para confiar na emissão ultra-sônica. Enfim, foi contratada outra empresa, e seus resultados ficaram dentro do esperado, comparando com as curvas-chave de sedimentos. A perda de volume foi bem abaixo do esperado – para compensar - na ogiva do vertedouro foi levantado um mini dispositivo de alvenaria para reservar o mesmo volume perdido. Neste caso, o volume na cota de transbordo do projeto, para a atual cota é de 45.000.000 de metros cúbicos. São poucas palavras para explicar um “case” tão complexo. – Enfim, a barragem de Juramento quando está vertendo é a “garota de Ipanema”, todavia, Montes Claros hoje conta com mais duas grandes fontes de captação, que são: Rio Pacuí (Coração de Jesus) e no “velho Chico” em Ibiaí. Me orgulho de ter sido por 40 anos, o técnico de monitoramento das principais fontes de captação de Montes Claros – desde Barragem de Juramento – passando pela Lapa Grande - Pacuí e São Francisco, onde adquiri um pouco de conhecimento. Pra você e família - felicidades em Sjælland / Dinamarca - vai lendo as novidades de Montes Claros neste site. I – III – XXIV José Ponciano Neto é Técnico em Recursos Hídricos /Meio Ambiente – Ex- Supervisor de Gestão de Barragens e supervisor de Estação Climatológica com tanques Classe A – Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros -IHGMC e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas.

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